Fugini enfrenta indiciamento por contaminação em molho de tomate

04/06/2023 as 9:01 pm

A empresa Fugini, conhecida por seus produtos alimentícios, foi indiciada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, juntamente com dois sócios e um funcionário, por crime contra a relação de consumo. A investigação teve início após denúncias de consumidores que encontraram fungos e ovos de parasitas em molhos de tomate da marca. Os produtos foram adquiridos em estabelecimentos comerciais da cidade de Viamão, no RS.

Após receber as denúncias, a Polícia Civil conduziu um inquérito e contou com a colaboração do Instituto Geral de Perícias, que analisou amostras de três embalagens de molho de tomate coletadas em dezembro de 2022. Além disso, a Vigilância Sanitária coletou outras amostras, que foram enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS). Os resultados revelaram a presença de estruturas fúngicas filamentares, bactérias e fragmentos de ovos de parasitas nos produtos comercializados pela Fugini.

Segundo a delegada Jeiselaure, responsável pela investigação, as colônias de fungos encontradas nas embalagens indicam contaminação, deixando claro que os produtos estavam impróprios para o consumo. O inquérito policial revelou que as embalagens analisadas pertenciam à mesma empresa, sediada em São Paulo, embora apresentassem códigos finais e lotes diferentes. O caso agora está nas mãos da Justiça do Rio Grande do Sul.

Em resposta às acusações, a Fugini emitiu uma nota oficial afirmando que a empresa realiza análises microbiológicas e físico-químicas em todos os lotes de produção, seguindo as normas brasileiras e boas práticas de fabricação. Segundo a empresa, as análises dos lotes investigados mostraram que estavam dentro dos padrões de qualidade e foram enviados da fábrica em perfeitas condições de consumo. A Fugini também ressaltou que as embalagens em questão estavam abertas desde dezembro e recomendou que o produto seja mantido refrigerado e consumido em até um dia, uma vez que não possui conservantes em sua receita. A empresa afirmou ainda que uma das amostras analisadas estava com o prazo de validade expirado.

O indiciamento da Fugini e seus representantes levanta preocupações sobre a segurança alimentar e a qualidade dos produtos oferecidos aos consumidores. A Justiça do Rio Grande do Sul deverá analisar o caso e determinar as medidas cabíveis diante das evidências apresentadas pela investigação policial.

Fotos: Imagem/Polícia Civil – RS | Reprodução – Divulgação

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