Deltan Dallagnol reage à decisão do STJ: ‘Mais uma bomba jogada em mim

09/06/2023 as 6:48 pm

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol, do Podemos-PR, divulgou um vídeo na noite de quinta-feira (8), no qual critica uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Corte decidiu manter a condenação de Dallagnol em um processo que exige o ressarcimento de valores gastos durante a Operação Lava Jato.

No ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou Dallagnol, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e o ex-procurador-chefe do Ministério Público no Paraná João Vicente Beraldo a devolverem R$ 2,8 milhões aos cofres públicos devido ao pagamento de diárias e passagens para integrantes da força-tarefa.

Dallagnol expressou sua indignação: “Mais uma bomba foi jogada em mim nesta semana e agora também sobre a minha família. Eu fico me perguntando onde está a Justiça neste país, eu tô revoltado”, afirmou no vídeo divulgado nas redes sociais.

O Caso

Dallagnol foi condenado em agosto do ano passado pelo TCU, que considerou “ato de gestão ilegítimo e antieconômico” o trabalho da Lava Jato em Curitiba.

Os três condenados foram obrigados a pagar solidariamente R$ 2,8 milhões, além de uma multa individual de R$ 200 mil. No entanto, em dezembro de 2022, o juiz Augusto César Pansini Gonçalves, da 6ª Vara Federal de Curitiba, anulou a decisão do TCU. Agora, o STJ manteve a condenação do ex-deputado por 6 votos a 5, em um julgamento realizado na quarta-feira (7).

Manifestação nas redes sociais Dallagnol afirmou ser vítima de perseguição política. Segundo ele, estão cobrando dele o dinheiro gasto para viabilizar o funcionamento da Lava Jato, incluindo as despesas com diárias e passagens para os demais procuradores que trabalhavam em Curitiba e ajudaram a recuperar R$ 15 bilhões.

O ex-deputado alegou que o TCU, em sua visão, está tentando destruir o patrimônio daqueles que combateram a corrupção. Para Dallagnol, eles querem que aqueles que ousaram enfrentar a corrupção paguem o preço no país, inclusive com a perda de seus mandatos, de seu patrimônio e da segurança de suas famílias.

Foto: Reprodução/Agência Brasil

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