A realização de exercícios físicos é aceita e recomendada por órgãos importantes, como as Diretrizes do Congresso Americano de Obstetras e Ginecologistas.
A dor mais relatada pelas mulheres na literatura (50% das queixas) é na região lombar. Isso ocorre porque, para compensar a alteração gerada pelo centro de gravidade devido ao aumento do volume abdominal, a gestante acaba desenvolvendo uma hiperlordose lombar, que pode levar a maiores compensações e a uma postura de hipercifose na região torácica.
Cada caso deve ser avaliado individualmente por um Profissional de Educação Física, a fim de adaptar o melhor treino de acordo com as limitações, dores, níveis de aptidão física e demais variáveis da gestante.
De forma geral, Perales e colaboradores (2016) fazem algumas orientações e recomendações quanto aos treinos e exercícios:
Evitar ambientes quentes e úmidos; Evitar contrações isométricas; O treino de musculação: de 2 a 3 vezes por semana, com 8 a 10 exercícios e 2 a 3 séries para cada exercício; Intensidade de carga: entre 55% e 70% da carga máxima, sem chegar à falha do movimento; Tempo de intervalo entre as séries: entre 1 e 2 minutos, podendo ser maior caso necessário; Evitar exercícios na mesma posição por muito tempo. Recomenda-se intercalar exercícios para membros superiores e inferiores, como Remada Baixa e Leg Horizontal; O exercício aeróbico pode ser realizado 3 vezes por semana, com intensidade moderada, e duração entre 30 e 40 minutos. Uma boa estratégia é adaptar um treino para a aluna gestante contendo exercícios de força, flexibilidade e aeróbicos, de acordo com as capacidades individuais dela.
Observação: Essas são recomendações, porém, você PRECISA entender que não são regras absolutas. A partir dessas recomendações, você deve entender e perceber as necessidades da sua aluna e adequar os melhores exercícios para a realidade dela.
Rogério Carvalho é Educador Físico e Personal Trainer.E-mail: rogerio_cagin@hotmail.com Instagram: @rogeriopersonal1
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