Golpe de Estado no Níger: Presidente destituído e fronteiras fechadas em meio a crise

28/07/2023 as 10:26 am

O presidente legítimo do Níger, Mohamed Bazoum, foi derrubado pelo exército em meio à “contínua deterioração da situação de segurança e má gestão econômica e social”. Os militares, representados pelo Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CLSP), anunciaram o fechamento das fronteiras e a suspensão das instituições da Sétima República. O país enfrenta desafios como a violência jihadista, mudanças climáticas e crise alimentar, agravando a situação de pobreza em uma das nações mais pobres do mundo. A ONU e outros países condenaram a violação da legitimidade constitucional no Níger.

O Níger, país localizado na região oeste da África, vive momentos de instabilidade política e social após o anúncio do exército sobre a destituição do presidente Mohamed Bazoum. A medida foi justificada pelo agravamento da situação de segurança e pela má gestão econômica e social no país.

Em comunicados lidos em rede nacional de televisão, os militares, agrupados sob o nome de Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CLSP), declararam respeitar “todos os compromissos assinados pelo Níger”. Contudo, anunciaram a suspensão de todas as instituições da Sétima República, incluindo o governo legítimo de Bazoum.

Além disso, foi decretado um toque de recolher das 22h às 5h em todo o território, e as fronteiras terrestres e aéreas foram fechadas até que a situação se estabilize. Ainda segundo os militares, a “situação de segurança” está sendo tratada pelas forças de defesa e segurança do país.

A destituição do presidente Bazoum gerou preocupações tanto internas quanto internacionais, com partidos da base do governo e líderes regionais pedindo aos militares que entreguem as armas e ao povo nigerino que defenda a democracia.

O Níger enfrenta uma série de desafios, incluindo a violência jihadista que afeta a região do Sahel, as mudanças climáticas e a crise alimentar. Esses fatores têm impactado severamente a economia e a qualidade de vida da população, colocando o país entre os mais pobres do mundo.

A comunidade internacional também reagiu à situação no Níger, com a ONU e diversos países e blocos regionais condenando a violação da legitimidade constitucional e pedindo o respeito aos princípios dos direitos humanos.

Até o momento, a situação permanece fluida, com incertezas sobre os desdobramentos políticos e sociais do golpe militar. A população do Níger e a comunidade internacional aguardam com apreensão os próximos acontecimentos no país.

Foto: Imagem/Divulgação

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