CPI das ONGs ouve jornalista e deputada na retomada dos trabalhos

30/07/2023 as 3:29 pm

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs retoma seus trabalhos com a expectativa de ouvir importantes depoimentos na busca por investigar as atividades de organizações não-governamentais financiadas com dinheiro público na região da Amazônia. O jornalista Lorenzo Carrasco, autor do livro “Máfia Verde: o Ambientalismo a Serviço do Governo Mundial”, será um dos primeiros a ser ouvido na primeira reunião do segundo semestre, marcada para terça-feira (1º) às 11h.

O senador Marcio Bittar (União-AC), responsável pelo requerimento de oitiva, justificou que o livro de Carrasco esclarece a forma de atuação de ONGs e organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips) e relata como essas organizações atuam internamente nos países para promover uma agenda de atores externos que são contrárias ao interesse nacional.

Outra importante presença na CPI será a da deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP), convidada para prestar informações sobre a atuação de ONGs e Oscips na região amazônica. O convite atende a um requerimento do senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da comissão de inquérito. A deputada já foi ouvida anteriormente pela CPI em 27 de junho, quando denunciou a influência de governos europeus e organismos multilaterais na exploração dos indígenas.

A CPI, instalada em junho, tem 130 dias para realizar a investigação das atividades das organizações não-governamentais financiadas com dinheiro público na região da Amazônia. Em suas primeiras reuniões, a comissão já ouviu denúncias de falta de transparência no trabalho das ONGs e de exploração de indígenas na colheita de sementes usadas na indústria de cosméticos. O ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo também prestou depoimento e criticou a atuação das ONGs na Amazônia.

Com a retomada dos trabalhos legislativos, a CPI planeja ouvir representantes de organizações não-governamentais, antropólogos, pesquisadores, integrantes do governo e ex-ministros. O colegiado já aprovou 96 requerimentos, incluindo as convocações da presidente do Conselho Diretor da ONG Instituto Socioambiental, Déborah de Magalhães Lins, e do presidente da Natura, João Paulo Brotto Gonçalves Pereira.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

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