Amazônia registra queda no desmatamento, mas desafios persistem

03/08/2023 as 8:51 pm

O desmatamento no Brasil continua sendo motivo de preocupação, com cenários opostos nos dois maiores biomas do país. Enquanto os alertas de desmatamento no Cerrado atingiram um recorde alarmante, a Amazônia registrou o menor índice em quatro anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No período de janeiro a julho, os alertas de desmatamento no Cerrado aumentaram em 21%, de acordo com o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). O desmatamento abrangeu mais de 6.300 quilômetros quadrados, com a maior parte ocorrendo na região do Matopiba, que inclui Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Em contraste, na Amazônia, os alertas de desmate entre janeiro e julho deste ano tiveram uma queda significativa de 42,5%. Essa mudança positiva é ainda mais notável considerando que, no semestre anterior, a tendência era de aceleração do desmatamento. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, o Deter emitiu alertas para uma área de 7.952 quilômetros quadrados.

Os especialistas destacam uma diferença importante entre os dois biomas: a reserva legal. Na Amazônia, 80% da propriedade deve ser preservada, enquanto no Cerrado apenas 20% são obrigatórios. Isso significa que grande parte do desmatamento no Cerrado é autorizada legalmente.

Frente à preocupante situação no Cerrado, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, anunciou que o governo está trabalhando em um plano para combater o desmatamento na região, que tem previsão de lançamento em outubro.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Amazônia registra queda no desmatamento, mas desafios persistem

Um país desigual, o legado de 25 anos de maus governantes

Tribunal Penal Internacional emite mandados de prisão contra Netanyahu por crimes de guerra

TRE-AM valida eleição de Adail Pinheiro à prefeitura de Coari

PF prende delegado e secretário por suposto esquema de corrupção no sul do Amazonas

Governo anuncia leilão de energia para atender sistemas isolados no Norte do Brasil