Ah, meus amigos, hoje vamos desbravar os exuberantes terrenos da dark pop, trazendo à luz uma joia dos anos 80. The Cure, essa lenda do rock que nos brindou com sua magia, nos presenteou com a pulsante “In Between Days” em 1985. E não, não foi uma surpresa. Para quem estava seguindo o rastro da banda, já sabia que algo contagiante estava por vir. Era como se eles tivessem ligado o interruptor do pop e nos dado um passeio emocionante.
Lembro de ter ouvido essa faixa pela primeira vez na adolescência, uma experiência que parecia encaixar-se perfeitamente com a vibração enérgica da música. “In Between Days” é como aquele raio de sol que irrompe as nuvens, trazendo um brilho momentâneo em meio à escuridão. A combinação de violões com camadas de sintetizadores furtivos é uma dança musical que desafia o sombrio com o alegre.
Ah, mas não se engane, meus amigos. Sob essa superfície contagiante, há uma sombra de melancolia. É como se estivéssemos dançando em meio à chuva, e as gotas trazem tanto uma sensação de renovação quanto um toque de tristeza. Essa dualidade é o que torna essa música tão atraente, tão humana.
Lembro-me de como esse hit saltitante se espalhou pelas paradas, uma verdadeira demonstração do poder do The Cure . Seu videoclipe, filmado no Fulham Studios em Londres, nos presenteou com a visão peculiar da banda em pleno movimento, suas meias desenhadas à mão dando um toque de excêntrico. “In Between Days” também deu início ao álbum “The Head on the Door”, um coquetel sonoro intoxicante de piano de brinquedo, órgão, guitarra rítmica e bateria bem temperada.
E as letras de Robert Smith? Ah, sim, elas são como uma janela para a alma, falando de envelhecer, perda e medo. Smith estava certo ao chamá-la de “fresca, otimista e cheia de vida”, uma faísca brilhante em meio à escuridão que envolve a vida. Convido todos vocês, meus amantes de boa música, a ficarem atentos à minha coluna na próxima semana. Vamos explorar mais sons que moldaram nossas vidas.
Até lá, deixem-se envolver pela intensidade de “In Between Days”, uma trilha sonora para todos aqueles momentos de equilíbrio entre a luz e a sombra. E não se esqueçam de dançar, seja sob o sol ou sob a chuva, afinal, a música está aí para ser sentida, apreciada e compartilhada.
Angelo Gomes – Profissional de marketing, músico e colecionador de livros e cd’s
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