Polêmica: Imagens do ministério da justiça do dia 8 de janeiro são apagadas

31/08/2023 as 8:49 am

Agentes da Polícia Federal revelaram informações preocupantes sobre as imagens capturadas pelas câmeras de segurança do Ministério da Justiça no dia 8 de janeiro. De acordo com a Record TV e a CNN Brasil, as imagens teriam sido apagadas, levantando questionamentos sobre a transparência e a adequação do armazenamento de evidências em órgãos públicos.

A controvérsia envolve a entrega das gravações solicitadas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que busca esclarecer os eventos ocorridos nessa data. Inicialmente, o ministro Flávio Dino autorizou a entrega das imagens de duas câmeras que registraram a parte frontal do prédio.

No entanto, as imagens das câmeras laterais, parte traseira e interior do edifício teriam sido apagadas, conforme informações obtidas pelas emissoras de televisão. A justificativa apresentada seria a necessidade de liberar espaço no sistema do circuito interno de câmeras, que armazena as gravações por até 15 dias.

Essa ação contrasta com a postura de outros órgãos localizados na Esplanada dos Ministérios, como o Ministério das Relações Exteriores, que optaram por preservar as imagens em consideração à possível necessidade das gravações para investigações futuras.

O ministro Flávio Dino, em um primeiro momento, se recusou a entregar as imagens, argumentando que isso poderia prejudicar as investigações em andamento. Diante da pressão da CPMI, que ameaçou tomar medidas legais, Dino afirmou que precisava de autorização do ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos do 8 de janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Com a autorização de Moraes, Dino entregou as imagens de duas câmeras, porém, a CPMI solicitou a disponibilização das imagens de todos os equipamentos de vigilância. A alegação atual — ainda não oficial — é que essas imagens foram apagadas.

Segundo fontes da Record, a justificativa interna apresentada pelo Ministério da Justiça à Polícia Federal seria a ausência de necessidade de armazenar as imagens das áreas não atacadas, argumentando que apenas duas janelas do Ministério foram atingidas, uma por pedra e outra por bola de gude.

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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