Tenho pensado muito sobre padrões e expectativas. Na verdade, sempre penso sobre isso, mas desta vez tem sido mais intenso e frequente. Nunca me conformei em caber em caixas onde tentavam me encaixar; sempre forcei e, inevitavelmente, as rompia. Minha aparência geralmente contrastava com quem sou.
Na faculdade, meu cabelo era rosa e eu sequer bebia álcool; sempre fui muito conservadora. Agora, no trabalho, continuo enfrentando situações em que as pessoas esperam algo e eu vou lá e mostro ser diferente. Minha vida pessoal segue o mesmo padrão. Ouvimos e lemos comentários sobre como as pessoas se libertam de “amarras” ao chegar a uma certa idade, mas percebo que não tive muitas amarras desde sempre.
“Eu não tenho que fazer nada” é o que penso quando ouço que devo agir, pensar, reagir, falar, vestir ou me portar de determinada maneira. Minha maior preocupação hoje é viver de acordo com minha consciência e valores. Nisso, também busco elevar esses valores e minha consciência. A ideia é levá-lo à mesma reflexão: quanto de sua vida são decisões baseadas no que você acredita, em oposição a quantas são baseadas nas expectativas dos outros?
E como estão suas próprias expectativas? São realistas ou um ideal irrealista? Lembre-se de que sair da situação atual em direção ao seu ideal leva tempo e esforço. É um processo e a evolução não é um passeio confortável e tranquilo. Ouso dizer que é justamente o oposto: buscar o desconforto e lançar-se ao trabalho de construir a vida que queremos e merecemos, com objetivos claros. Vale a pena empregar nossa energia nisso. Adaptar-se, sim, mas sempre com o foco no objetivo!
Luciana Medeiros Especialista em gestão estratégica, observadora do comportamento humano e da vida
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