A busca pela felicidade e pela longevidade é uma constante na humanidade, e com os avanços da ciência, medicina e diversos métodos que prolongam a saúde de nossos corpos, a cada dia buscamos viver mais e melhor. Estudos apontam que manter-se ativo e útil é o que motiva nossa mente a nos mantermos em melhores condições de saúde física e mental; é como se tivéssemos a necessidade de servir ao mundo para existirmos.
A sabedoria japonesa dá um nome para essa postura humana, Ikigai. Esse conceito nipônico ensina literalmente sobre a razão de viver ou razão de ser. Trata-se de uma combinação de palavras japonesas: iki (生き), vida, e gai (甲斐), valor. Muito além do trabalho formal, o seu Ikigai pode ser um hobby, um esporte ou um esforço que cada um de nós devolve para a sociedade, de forma indistinta.
É uma busca interna, que alcançamos com introspecção e honestidade com nossos sentimentos e nossa individualidade. A população de Okinawa desfruta da maior expectativa de vida de todo o planeta. Além da longevidade, a grande maioria desses anos é desfrutada pelos centenários com extraordinária qualidade de vida, sendo ativos e úteis à comunidade. Muito se fala em alimentação e genética, mas uma senhora em uma entrevista para o documentário “Como Viver até os 100: Os segredos das Zonas Azuis”, na Netflix, desvendou, em nossa ótica, um dos fatores preponderantes a essa longevidade, além do ikigai: ela disse não ter raiva, sorrir na vida e ser útil.
Essa junção de fatores, portanto, nos leva a entender que nós temos sim, como propósito maior em nossa existência, servir, e que a grande parte de nossa felicidade, longevidade e satisfação está em pequenos gestos em nossas rotinas diárias. A idealização de felicidade e vida plena vendida em grandes propagandas comerciais não passa de engodos que aguçam a vontade de ter, verbo que nunca superará o verbo sentir, viver e desfrutar.
Cabe a nós, que buscamos a longevidade útil, descobrir o Ikigai e exercer nossa atividade em prol de uma sociedade melhor. Começando por valorizar atos e momentos felizes sem idealizações, sorrir de pequenos momentos, buscar não guardar rancor, não ter raiva e alimentar-se com coisas boas. Parece uma receita fácil? Proponho esse desafio; vou buscar inspiração e melhorar minha própria qualidade de vida. A chave é saber por que e quando buscar a felicidade e preservar-se para isso. Para alcançar esse objetivo, é preciso um trabalho de empreendedorismo e crescimento pessoal. Aguardo vocês na próxima terça-feira. Até lá!
Diogo Augusto , o turco, marido, pai, empreendedor, colecionador, pensador, curioso.
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