Semana passada falei sobre recomeços e agora sobre o medo desse recomeço. Você já abandonou algo que amava? Dói, não? Dizer adeus porque aquilo já não faz parte de você, de suas ambições e do que você identifica para sua vida.
Lembro da música “Ela disse adeus”, dos Paralamas do Sucesso, e acho surreal que ela se aplique ao momento atual. É triste o fim de qualquer relação. A decepção e a falta de perspectivas, de um renovo, são reais. E não é difícil apenas para o lado que não teve escolha ou foi pego de surpresa pela decisão alheia. Quem vai também sofre. Se o sentimento foi real em algum momento, todos sofrem.
Seguir a vida é preciso, abrir espaço para novas experiências mais alinhadas com seus valores. Pedir para ficar ou prometer melhorar… já não valem a pena, já não há esperança no antigo. Agora a esperança é depositada no que há de vir, num misto de medo e expectativa. O momento é de sentir o vento, silenciar o barulho ao redor, fechar os olhos para fora e abri-los para dentro. Está confuso, a calmaria já desce as escadas e te encontra sentada na soleira da porta. Um abraço e lágrimas por ninguém, só porque é triste o fim. Levanta, inspira profundamente. Abra os olhos para o horizonte. Lá está o que te espera para ser vivido. É lá. Continue caminhando nessa direção, pois o caminho se faz ao caminhar. Não pare! Não abandone! Se preciso, descanse. És toda certeza e já não há sofrimento. Bem-vinda ao início da melhor fase da sua vida!
Luciana Medeiros Especialista em gestão estratégica, observadora do comportamento humano e da vida
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