PF prende suspeitos ligados ao Hezbollah no Brasil

08/11/2023 as 2:35 pm

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira a Operação Trapiche, que resultou na prisão temporária de dois indivíduos, apontados como ligados ao grupo terrorista Hezbollah. A ação visa interromper atos preparatórios de terrorismo e reunir provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas em solo nacional.

Segundo informações da TV Globo, os alvos da operação estariam envolvidos na conspiração de ataques planejados contra prédios da comunidade judaica no Brasil. Além das prisões, os agentes da PF cumpriram 11 mandados de busca e apreensão em diferentes localidades, abrangendo os estados de Minas Gerais, São Paulo e o Distrito Federal.

De acordo com a apuração do jornal O Estado de São Paulo, os dois detidos são brasileiros, enquanto outros dois indivíduos, alvos de pedidos de prisão, encontram-se no Líbano, país que serve como sede do Hezbollah. Um dos presos foi interceptado no Aeroporto de Guarulhos, imediatamente após retornar de uma viagem ao Oriente. A PF suspeita que ele tenha adquirido informações relevantes para a execução dos ataques durante sua estadia.

A jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, relata que os suspeitos deverão enfrentar acusações relacionadas à constituição ou integração em organização terrorista, bem como à execução de atos preparatórios de terrorismo. As penas máximas para esses crimes, quando somadas, podem atingir 15 anos e seis meses de reclusão.

A PF destaca que os delitos em questão, conforme estabelecido pela Lei de Terrorismo, são classificados como hediondos e, como tal, são considerados inafiançáveis, não passíveis de graça, anistia ou indulto. A execução da pena para esses crimes inicia-se sob regime fechado, independentemente do trânsito em julgado da condenação.

A Operação Trapiche representa uma medida enérgica das autoridades brasileiras para prevenir e conter possíveis ameaças à segurança nacional, reforçando o compromisso do país em combater o terrorismo e suas ramificações.

Foto: PF/Divulgação

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