Após nove dias de queda, nível do Rio Negro sobe para 13,20 metros

21/11/2023 as 5:14 pm

Observações recentes apontam para mudanças significativas nos níveis de vários rios da bacia Amazônica, com destaque para o rio Negro em Manaus, que após uma vazante atípica, registrou um aumento de 24 centímetros desde o dia 18 de novembro, alcançando uma cota de 13,20 metros nesta terça-feira (21/11). Este aumento contrasta com a situação no ano passado, quando a cota do rio Negro era de 18,39 metros na mesma data.

A variação dos níveis dos rios é um fenômeno natural, porém, este ano, ela tem sido influenciada pelo fenômeno climático El Niño, que contribuiu para a mínima histórica de 12,70 metros no rio Negro, registrada no dia 27 de outubro.

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) em seu último Boletim de Alerta Hidrológico, datado de 17 de novembro, reportou que a bacia do rio Branco, um dos principais afluentes do rio Negro, demonstrou estabilidade nas regiões de Boa Vista e Caracaraí, em Roraima, com pequenas elevações no nível da água.

Além disso, houve registros de elevação nos níveis do rio Negro nas áreas de São Gabriel da Cachoeira e Tapuruquara, enquanto em Barcelos observou-se estabilidade. Paralelamente, o rio Solimões apresentou elevações significativas, com um aumento de 14 cm em Tabatinga, e tendências similares em Fonte Boa e Itapéua. Contudo, em Manacapuru, o Solimões começou a semana com declínios, estabilizando-se em seguida.

Em outras partes da bacia Amazônica, variações notáveis foram observadas. No rio Acre, em Rio Branco, houve uma queda média diária de 5 cm. O rio Purus, em Beruri, começou a semana com descidas, mas recentemente mostrou uma tendência de alta.

Contrastando com esta tendência, o rio Madeira em Porto Velho apresentou uma diminuição seguida de estabilidade nos últimos dias. Em Humaitá, o Madeira também experimentou uma recessão, com uma média diária de 6 cm.

Finalmente, o rio Amazonas manteve-se estável no Careiro da Várzea, Itacoatiara e Óbidos, enquanto registrou descidas em Almerim e mostrou um movimento de alta em Santarém, no Pará.

Foto: Antonio Lima/SECOM

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