OMS recomenda máscaras e distanciamento social na China em meio a surto de pneumonia misteriosa

24/11/2023 as 5:55 pm

No contexto de um preocupante surto de pneumonia na China, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem emitido recomendações essenciais para mitigar a propagação da doença. Com relatos de casos não identificados de pneumonia em Pequim e Liaoning, a OMS aconselha o uso de máscaras e medidas de distanciamento social, além de permanecer em casa em caso de sintomas.

Hospitais nestas regiões estão enfrentando uma alta demanda conforme informações do zero hedge, particularmente de pacientes pediátricos, levantando questões sobre a capacidade do sistema de saúde em lidar com esse aumento. Escolas estão considerando a suspensão das aulas como medida preventiva.

A situação remete ao alerta inicial do ProMed, um sistema de vigilância de doenças, que já havia chamado atenção para a COVID-19 quando era uma infecção desconhecida em Wuhan, em 2019.

Apesar da Reuters reportar que a OMS não identificou nenhum patógeno novo ou incomum, o Conselho de Estado da China prevê um pico de gripe neste inverno e primavera, com altas taxas de infecção por Mycoplasma pneumoniae, um agente patogênico conhecido, em algumas áreas. Há também uma preocupação renovada com possíveis surtos de COVID-19.

O Governo Chinês enfatiza a importância de uma comunicação eficiente e precisa sobre as doenças infecciosas. A OMS, recentemente, solicitou informações adicionais à China, após relatórios do ProMED sobre casos de pneumonia não diagnosticada em crianças.

As questões de transparência na notificação dos primeiros casos de COVID-19 ainda pairam sobre a China e a OMS. Desde outubro, mais de 3.500 casos de “infecção respiratória” foram registrados no Hospital Infantil de Pequim, segundo a Rádio Free Asia.

A OMS, em resposta a um pedido de informação, recebeu dados da China indicando que o surto atual pode estar relacionado ao alívio das restrições da COVID-19, além da circulação de patógenos já conhecidos, incluindo o Mycoplasma pneumoniae.

Bruce Thompson, da Universidade de Melbourne, destaca que, por enquanto, não há indícios de uma nova variante da COVID, mas salienta a eficácia dos processos de vigilância em andamento.

A OMS realizou uma teleconferência com autoridades de saúde chinesas, que informaram não ter encontrado novos ou incomuns patógenos. Alegam que o aumento de doenças respiratórias não sobrecarregou as capacidades hospitalares.

No entanto, relatos de mídias locais, como o canal taiwanês FTV, indicam que hospitais, incluindo o Beijing Friendship Hospital, estão enfrentando dificuldades, com longas esperas para atendimentos emergenciais.

Foto: Reprodução/Instagram

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