Nesse feriado de carnaval, festa símbolo da cultura brasileira, o que vimos nem de perto é o que pretendíamos mostrar ao mundo, pelo menos é como penso, um dos anos mais sujos e aviltantes contra a imagem do Brasil. A mídia silenciada e desacreditada tenta maquiar através dos patrocínios, públicos e privados o quão mal utilizados foram as verbas destinadas a cultura, cultura esta que nem de perto reflete o que ofereço aos meus filhos e pretendo oferecer, um dia, aos meus netos como formação de identidade e molde de caráter.
Assistimos nesse ano números crescentes de violência contra a mulher e a criança, assassinatos, roubos e agressões foram flagradas por câmeras sem bandeiras e olhos amedrontados; a polícia, ridicularizada na Marques de Sapucaí, era nesses dias de “tudo pode” o limiar de lucidez e chamamento a responsabilidade; artistas, que enalteceram bandidos nos palcos, chorando e pedindo ajuda, pois foram roubadas ao caminharem de volta para suas casas, um chamamento a realidade distante de suas zonas de segurança e ilustrativas que a romanização do crime não tira a face cruel do criminoso.
E o silencio é ensurdecedor, o país mergulhado em uma onda crescente de dengue e doenças relacionadas a saneamento básico e as autoridades focando suas atenções e esforços no agrado artistas, tvs e demais “formadores de opinião” na mais moderna apresentação do antiquíssimo “pão e circo”. Que país é esse? Que se curva a um reles mosquito que se agiganta na ignorância de uns e no mau caratismo de outros – Como ter essa alegria embriagada? – Sem olhar o que está todos os dias em nossos olhos? – Acreditem, o Brasil não melhorou, nem está melhorando, estamos apenas vendados pelos interesses de quem busca o poder pelo poder!
O clamor aqui é para que tenhamos em mente que apenas porque a mídia não noticia algo, não significa que não exista. É importante entender que a mídia tem suas próprias agendas, focar em determinados eventos e/ou questões, sempre calçadas em interesses internos, ou seja o que não contribuir para o sucesso desses interesses irão, SEMPRE, passar despercebidos ou serão minimizados e isso se eleva a patamares astronômicos quando tais interesses convergem com interesses políticos eleitoreiros. Portanto, a mídia e a política estão intrinsecamente ligadas e o poder é um elemento chave nessa dinâmica. Tanto a mídia quanto os políticos buscam o poder para promover seus interesses e influenciar o debate público. No entanto, é importante que nós, precisamos garantir que o poder não seja abusado e que a informação seja massa de modelar desses dois grupos. Afinal, somos nós que estaremos a mercê da decisão da maioria, nesse momento as cores se fundem, e nós? Nos vemos na próxima semana. Até lá!
Diogo Augusto , o turco, marido, pai, empreendedor, colecionador, pensador, curioso.
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