Em um mundo de reativados, só um pode dizer: Eu Sou!

15/03/2024 as 3:27 pm

Vivemos em um mundo dito pós-moderno, relativo, onde a verdade é o que eu penso e não necessariamente o que está diante dos olhos. Porém nessa a relatividade se veste de uma arrogância singular quando pessoalmente me afirmo diante dos fatos.

Veja, o que mais vemos atualmente são indivíduos se vendendo como indispensáveis, se autodescrevem como conhecedores da alma humana, “ajeitadores” dos tais gatilhos, outros fazem de suas agendas o rumo de um futuro distante, outros ainda ao olharem um “pobre diabo” que cometera algo absurdo, com um olhar altivo e melhor em si mesmo.

Quantos sonhos e decisões que tomamos não nos deixaram de calças curtas na vida?

O que estou propondo como reflexão nessa conversa textual é tranquilizar os desesperançosos e preparar os altivos para o dia mau. Ninguém aqui embaixo pode se afirmar diante da imensidão, pode dar ordem aos pássaros para mudarem sua melodia, ou desviar o curso das águas sem consequências futuras.

No auge da crise pandêmica que vivemos recentemente, foi possível ver o colapso dos relativos e a tranquilidade do que é absoluto. Em uma conversa com Deus em oração, um amigo relatou o seguinte:

“Pai, e agora? Tudo aqui está em crise, como vamos proceder daqui pra frente?”, perguntou ele.

“Tudo o que eu criei permanece no lugar, correnteza nas águas, vento soprando, presa encontrando saciando a fome do predador, migração das aves. O que vocês criaram para serem independentes de mim é que ruiu.”- responde Deus.

Simples; Incrível e verdadeiro. Em um mundo onde quem era convicto de si e amanhã muda de lado, só um pode afirmar “Eu Sou”, nome dado para que Moisés o descrevesse a Faraó que ainda pode ser melhor traduzido para “Eu serei o que serei”.

Tudo bem, mas o que eu quero com isso? você já deve estar se perguntando.
Apontar para a segurança, para construirmos os nossos sonhos e projetos nele, em sua vontade e assim de fato iremos ver o tempo e sua erosão não conseguirem destruir o nosso memorial a ELE. O hoje é dEle, assim como foi o ontem e será o Amanhã. E a nós ele lança a pergunta da parábola de um homem certo de si e “dono do seu nariz” e indaga a sua loucura com a seguinte sentença: “Louco, se esta noite pedirem a tua alma, o que tens preparado?”- finaliza apontando para “Do que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”.

Por isso reúno os meus acertos e principalmente fracassos, reconheço minha relatividade ao olhar para ELE e reafirmo: “Só Ele tem o poder de se autodescrever como Imutável, EU SOU” e isso me faz confiar nele mesmo no meio do vale da sombra da morte.

Pedro Baptista, Redator Publicitário, designer gráfico, músico, amante de poesias e leituras interessantes.

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