Biden sanciona lei que põe TikTok em xeque nos Estados Unidos

24/04/2024 as 5:43 pm

Os Estados Unidos promulgaram uma medida que coloca a empresa chinesa ByteDance, responsável pelo popular aplicativo de mídia social TikTok, diante de um ultimato para vender suas operações americanas para um empresário dos EUA em um prazo de um ano, ou enfrentar a proibição no país. O presidente norte-americano, Joe Biden, oficializou a sanção do projeto de lei nesta quarta-feira (24), após sua aprovação pela Câmara no sábado (20) e pelo Senado na terça-feira (23).

A justificativa por trás dessa ação legislativa é a preocupação das autoridades dos EUA com a segurança dos dados de seus cidadãos, alimentada pela suspeita de que a China estaria utilizando o TikTok como uma ferramenta para acessar informações pessoais e vigiar indivíduos.

Em resposta, a ByteDance e seus representantes nos Estados Unidos têm se manifestado veementemente contra a medida. Michael Beckerman, chefe de Políticas Públicas do TikTok nos EUA, denunciou a legislação como uma violação dos direitos garantidos pela 1ª Emenda da Constituição dos EUA, prometendo continuar a luta contra ela.

Nas palavras do CEO do TikTok, Shou Zi Chew, a sanção do projeto de lei reflete uma tentativa dos legisladores americanos de proibir o aplicativo, e a empresa pretende contestá-la com base na proteção à liberdade de expressão assegurada pela mesma 1ª Emenda.

ByteDance

Em meio a esse embate entre os Estados Unidos e a ByteDance, surge uma acusação explosiva de um ex-funcionário da empresa. Yintao “Roger” Yu, em um processo judicial por rescisão injusta nos Estados Unidos, alega que o Partido Comunista da China (PCCh) possui um acesso supremo a todos os dados mantidos pelo TikTok.

Yu, que trabalhou na ByteDance entre 2017 e 2018, afirma que o PCCh mantinha um escritório especial na empresa, cuja função era monitorar e orientar suas atividades de acordo com os valores comunistas. Ele também acusa a empresa de conceder acesso total aos dados dos usuários ao Partido Comunista, por meio de um canal de backdoor, independentemente de sua localização.

“O comitê manteve acesso supremo a todos os dados da empresa, mesmo dados armazenados nos Estados Unidos”, afirma a denúncia, obtida com exclusividade pela CNN dos EUA.

Foto: Reprodução/Instagram – @potus

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