Com reedição do já cansado “nós contra eles” onde o atual Presidente Lula se coloca como “nós o povo” e as instituições financeiras e o mercado como “eles” o Chefe do Executivo tenta aliviar a pressão que vem sofrendo para que faça corte de gastos e o tiro acaba saindo pela culatra, com fala populista e pouco razoável o mercado responde com alta do Dólar que chegou a custar R$ 5,68 corroborando com a alta da moeda americana no cenário externo. Já o Índice Bovespa despencou logo após a fala do Presidente, voltando a se recuperar ao longo do dia, o que pode parecer reconfortante, mas, não é os danos nesse momento já existem.
Para entendermos qual o impacto dessas declarações precisamos compreender que o mercado financeiro e as empresas e as produções do setor primários são as riquezas do país, falas demagogas para agradar eleitores e partidários tem um efeito muito ruim para economia. O mercado sempre lida com as expectativas/futura e com segurança de investimento sem essas variáveis o mercado se desestabiliza e com isso o País “perde valor” com isso a uma queda nos empregos e por conseguinte o enfraquecimento da economia.
Segundo Lula, “O mercado sempre precifica desgraça. Está sempre trabalhando para não dar certo, sempre torcendo para as coisas serem piores do que são”, o que ele não conseguiu entender que o mercado somente tenta espelhar a médio prazo o que lhe é dado, portanto se as políticas de governo mostram um cenário de “desgraça” no presente é tendencioso que para o futuro esse cenário seja agravado, seria um pensamento diferente se mesmo mediante a crise mundial o governo abandonasse o discurso de campanha e buscasse soluções para a melhora da economia, talvez o mercado financeiro, com uma “carta de esperança” dada pelo governo atraísse o capital para o Brasil. Quem dá o tom é sempre o governo se hoje o tom é de “desgraça” é bom que o Presidente saiba que o maestro da orquestra econômica é ele; sempre será o homem que ocupa a cadeira da Presidência do país.
Em um mundo conectado, onde praticamente tudo é validado e tudo é buscado e pesquisado, onde qualquer um tem acessos a informações, (excetuando países que não possuem liberdade), não seriam os produtores e empresários que não buscariam desses meios de assegurarem seus investimentos. No mesmo sentido o governo deveria apoiar suas falas no sentido de motivar investimento, do contrário, como tem feito, sempre que questionado, ele só nos empurra ainda mais para baixo, trazendo três variáveis que destroem a economia de qualquer país.
Com a perda da confiança causadas em principio com declarações que geram incerteza e insegurança o mercado financeiro tende a levar os investidores a retirar capital do país, buscando investimentos mais seguros em outras moedas, como o dólar. Isso diminui a demanda pelo Real e, consequentemente, leva à sua desvalorização. Por conseguinte, aumentando o risco-país com a percepção de um ambiente político e econômico instável, tornando o Brasil um investimento menos atraente para os investidores internacionais. Essa percepção também contribui para a desvalorização do Real. Especulação, talvez o pior fator gerado, de declarações negativas pois, especuladores do mercado se utilizam dessas para manipular o mercado cambial, comprando Dólares e vendendo Reais na expectativa de lucrar com a desvalorização da moeda brasileira. Essa especulação intensifica a volatilidade do câmbio e pode levar a picos ainda maiores na cotação do dólar.
Daí o leitor pode me perguntar e onde é que eu entro nessa salada toda? Então, nós somos os consumidores dessa iguaria produzida pelo governo e pelo mercado financeiro. Nos resta engolir goela a baixo:
Aumento da inflação, tendo em vista a desvalorização do Real encarecendo produtos, impactando diretamente os preços de alimentos, combustíveis, medicamentos e outros itens essenciais. Isso leva à erosão do poder de compra das famílias, especialmente das mais pobres. O que está diretamente ligado a redução da renda, com a perda de empregos, diretos, em setores que dependem de importações, como a indústria e indiretos, por conseguinte, aumentando a vulnerabilidade social. E em um cenário de instabilidade cambial, o acesso ao crédito externo fica mais caro, o que pode levar ao aumento das taxas de juros e dificultar o acesso ao crédito seja para as famílias, produtores e até para empresas.
Não se pode esperar do governo menos do que ele DEVE oferecer! Comunicação responsável é o mínimo para a vida de qualquer um de nós quando falamos de autoridades políticas cautela ao fazer declarações sobre o mercado financeiro, devem ser redobradas buscando sempre transmitir mensagens claras, objetivas e responsáveis.
O governo deve buscar o diálogo com o setor privado e com os investidores para construir consensos e reduzir as incertezas no mercado sempre com uma política fiscal responsável, com controle da inflação e das contas públicas, contribui para a estabilidade da economia e do mercado cambial. Transparência e previsibilidade é isso na literalidade é o feijão com arroz e ovo econômico, o simples que dá certo, mas, requer preparo o que parece ser um problema para o atual governo. Esperamos melhoras. Vejo todos na próxima semana! Até lá!
Diogo Augusto , o turco, marido, pai, empreendedor, colecionador, pensador, curioso.
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