Sindarma alerta para baixo nível dos rios no Amazonas

04/07/2024 as 8:04 am

Nesta semana, o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) emitiu um novo alerta sobre a situação dos principais rios e bacias fluviais no Estado. Em comparação ao ano passado, quando foi registrada a maior seca da história, os níveis atuais são alarmantes.

O Sindarma, que já havia emitido um alerta preliminar em fevereiro deste ano, baseia suas preocupações em dados coletados pelas transportadoras da região. Agora, com o início oficial da estiagem, essas preocupações se confirmam. Segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), houve um déficit de 27% no volume de chuvas entre abril de 2023 e abril de 2024 na região.

Na última semana, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), vinculado ao Ministério da Defesa, apresentou um prognóstico preocupante. Estima-se uma estiagem severa em 14 estações de monitoramento nos meses de setembro a novembro, podendo atingir ou até superar mínimas históricas. As áreas mais afetadas incluem municípios nas bacias do Madeira, Negro, Solimões e Tapajós, com previsões de períodos críticos em Manicoré e Fonte Boa (Rio Madeira) em setembro, e Tabatinga (Solimões) em novembro.

Madson Nóbrega, vice-presidente do Sindarma, expressou que “em julho do ano passado emitimos um alerta semelhante e novamente em fevereiro deste ano. Apesar das chuvas, os rios ainda não se recuperaram dos fortes impactos da última estiagem e já estamos na próxima. Se a atual tendência for comprovada poderemos ter outra seca recorde”.

Ele enfatiza que setores como o de combustíveis já estão se preparando, mas alerta que outros segmentos, especialmente alimentos e produtos de alta demanda, precisam se organizar com antecedência. As transportadoras estão mobilizadas para atender às demandas, porém, Nóbrega destaca que toda a sociedade deve se unir para evitar uma repetição da emergência e calamidade vivenciadas no ano anterior.

Foto: Antônio Lima/SECOM

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