Com a globalização, e com a experiência presencial que tive, as diferenças culturais entre os países se tornam cada vez mais evidentes. Brasil e Estados Unidos, duas nações com histórias e realidades distintas, apresentam contrastes marcantes em seus valores, costumes e visões de mundo. A polarização política que assola ambos os países nos últimos anos intensificam ainda mais essas diferenças, criando um cenário de tensões e debates acalorados.
Uma das principais diferenças entre as culturas brasileira e norte-americana reside na valorização do indivíduo versus o coletivo. Enquanto nos Estados Unidos o individualismo é exaltado, no Brasil a noção de comunidade e família é mais forte. Essa diferença se reflete em diversos aspectos da vida, desde a forma como as pessoas se relacionam até a visão de Estado e sociedade. A religiosidade também desempenha um papel importante na cultura de ambos os países. Nos Estados Unidos, a religião tem um papel mais proeminente na vida pública e política, enquanto no Brasil, embora a população seja majoritariamente católica, a religiosidade é mais pessoal e diversificada.
Os norte-americanos tendem a ser mais otimistas em relação ao futuro e a acreditar no poder do indivíduo para mudar o mundo, entusiasmado pelo poder do indivíduo em mudar situações relacionadas ao seu cotidiano. Já os brasileiros, por sua vez, são mais pessimistas e tendem a culpar as instituições e a classe política pelos problemas do país, uma vez que as políticas públicas brasileiras são historicamente assistencialistas.
Essa percepção é maior quando observamos a forma como as pessoas se relacionam, as diferenças são significativas entre os dois países. Os norte-americanos tendem a ser mais diretos e práticos em suas interações, enquanto os brasileiros valorizam a cordialidade e a emoção, não há nada de errado em nenhuma dos comportamentos são culturas diferentes, que inclusive, apesar de ser brasileiro, me identifico com o “jeitão” americano.
Outro fator que observei é o quesito, polarização política, é um fenômeno global, mas se manifesta de forma peculiar em cada país. Nos Estados Unidos, a polarização é marcada por uma divisão ideológica profunda entre democratas e republicanos, enquanto no Brasil, a polarização é mais recente e se baseia em uma série de fatores, como a crise econômica e corrupção, quem sabe possamos, todos, evoluir para uma divisão de ideias mais saudáveis.
As diferenças culturais entre Estados Unidos e Brasil são profundas e complexas, a valorização da liberdade individual é um tema recorrente na filosofia americana, desde os primeiros colonos até os dias atuais combinado com a ideia de que todos devem ter as mesmas oportunidades de sucesso são pilares do “sonho americano” o que incentiva o consumismo e o desperdício naquele país. Já os brasileiros são conhecidos por sua alegria e otimismo, mesmo diante de dificuldades o problema, ocorre quando buscamos o famoso “jeitinho”, sim, essa expressão popular resume a habilidade de encontrar soluções criativas para problemas, muitas vezes contornando regras e burocracia. Embora seja visto como um traço positivo por alguns, o “jeitinho” também é criticado por sua associação com a corrupção e a falta de ética.
É fundamental, sim, que cada país reflita sobre seus próprios desafios e busque soluções que promovam a justiça social, a igualdade e o bem-estar de toda a população, pelo menos é assim que eu rogo que os governantes e gestores pensem, sempre buscando o melhor para a população. Matando as saudades, vejo todos na semana que vem! Até lá!
Diogo Augusto , o turco, marido, pai, empreendedor, colecionador, pensador, curioso.
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