Ex-secretários são alvos da PF em operação contra corrupção no Amazonas

03/10/2024 as 5:07 pm

Na manhã desta quinta-feira (3), a Polícia Federal deu início à Operação Tupinambarana Liberta em Manaus. A ação teve como foco ex-secretários de Estado e policiais militares, exonerados de seus cargos na véspera da operação.

Os envolvidos são investigados por crimes como associação criminosa, corrupção eleitoral, atentado ao estado democrático de direito, uso de violência para coagir eleitores e impedir a livre propaganda eleitoral. Cerca de 50 agentes federais participaram da operação, cumprindo cinco mandados de busca e apreensão nos locais investigados em Manaus.

O objetivo da ação é desmantelar a associação entre membros de uma facção criminosa e agentes públicos, que supostamente conspiraram para cometer delitos eleitorais em favor da candidatura de Brena Dianná à prefeitura de Parintins pelo partido União Brasil.

Investigações indicaram que recursos do Estado, inclusive forças policiais, foram utilizados para favorecer a campanha de Dianná. A Justiça Eleitoral impôs restrições aos investigados, incluindo a proibição de acesso a Parintins e de comunicação entre os suspeitos e com coligações partidárias da região.

Entre os alvos da operação, segundo o site G1, estão Armando do Valle, ex-diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama); Marcos Apolo Muniz, ex-secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa; Fabrício Barbosa, ex-secretário de Estado de Administração; o tenente-coronel Jackson Ribeiro, ex-comandante da Rocam; e Guilherme Navarro, chefe do setor de inteligência da Rocam.

A operação foi deflagrada após denúncias recebidas pelo Ministério Público Eleitoral, que relatou ameaças e violência por parte de uma facção criminosa, restringindo a campanha de candidatos adversários em certos bairros. Os indícios sugerem uma possível omissão de agentes públicos em confrontar tais ameaças, além de espionagem de pessoas ligadas a grupos políticos adversários e monitoramento de policiais federais.

Recentemente, foram divulgados vídeos que mostram autoridades públicas supostamente articulando influência direta nas eleições de Parintins. A Corregedoria da Polícia Militar no Estado do Amazonas supervisionou a execução dos mandados direcionados aos policiais militares.

Foto: Divulgação/PF

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