Após dois anos, PF aponta mandante na morte de Bruno Pereira e Dom Phillips

04/11/2024 as 10:30 pm

A Polícia Federal anunciou na última sexta-feira (1º) a conclusão do inquérito sobre os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorridos em junho de 2022. Os crimes, que geraram repercussão internacional, foram investigados durante dois anos, resultando no indiciamento de nove pessoas, incluindo Ruben Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, apontado como o mandante.

Os investigadores afirmam que “Colômbia” forneceu os cartuchos utilizados nas execuções e financiou as atividades de uma organização criminosa dedicada à pesca ilegal no Vale do Javari, além de coordenar a ocultação dos corpos das vítimas. Atualmente, ele está preso.

O Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas, que recebeu o caso para possível denúncia, já acusou formalmente Amarildo Oliveira, conhecido como Pelado, e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, como os executores dos crimes. Ambos serão submetidos a júri popular. O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, contudo, isentou Oseney de Oliveira, conhecido como Dos Santos, de participação no júri por insuficiência de provas.

Os depoimentos de Amarildo e Jefferson, que confessaram os assassinatos, somados às evidências de conflitos anteriores entre Bruno e Amarildo devido a atividades de pesca ilegal, embasaram as denúncias do MPF. As investigações continuam para detalhar as motivações e a extensão do ódio que levou os criminosos a agirem com tamanha violência.

Os corpos de Bruno e Dom foram encontrados após dez dias de busca, às margens do rio Itaquaí, reforçando o cenário de violência que assola essa região remota do Amazonas. O inquérito também resultou no indiciamento de outros pescadores, incluindo parentes de Amarildo, principalmente pelo envolvimento na ocultação dos corpos, já denunciados pelo MPF.

Foto: Opi.Isolados/ Instagram

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