Operação para prender presidente afastado da Coreia do Sul é suspensa após confronto com seguranças

03/01/2025 as 5:36 pm

As autoridades da Coreia do Sul foram obrigadas a suspender uma operação que visava prender e interrogar o presidente afastado, Yoon Suk-yeol, sobre suas ações durante a declaração de lei marcial em dezembro. O incidente ocorreu nesta sexta-feira (3), em Seul, quando a equipe de segurança presidencial bloqueou o acesso dos investigadores à residência de Yoon.

Por volta das 13h30 (horário local), um esquadrão composto por 30 agentes do Gabinete para Investigações de Corrupção de Funcionários de Alto Escalão (CIO) e 50 policiais foi impedido de entrar na casa. O serviço de segurança presidencial estabeleceu barreiras a cerca de 200 metros da entrada, mobilizando aproximadamente 200 agentes.

Um porta-voz do CIO, em declarações divulgadas pela agência de notícias Yonhap, afirmou que a obstrução levou à conclusão de que a execução do mandado de prisão se tornara “virtualmente impossível”, mencionando também preocupações com a segurança no local.

Apesar do impasse, a operação mobilizou um contingente de aproximadamente 2.700 agentes, que foram destacados nas imediações da residência presidencial, no distrito de Hannam, para prevenir distúrbios, em meio a protestos sindicais que apoiavam a detenção de Yoon.

Os defensores legais de Yoon entraram com um pedido de anulação do mandado de prisão, argumentando que tal ação só poderia ser solicitada pelo Ministério Público e, portanto, o mandado atual seria “ilegal”. Enquanto isso, Yoon permanece no país por ordem judicial e aguarda uma decisão do Tribunal Constitucional, que deverá resolver até junho se ele será reintegrado ao cargo ou removido definitivamente.

Para o sábado, está agendado o depoimento do chefe do serviço de segurança presidencial, Park Jong-joon, que será questionado sobre a possível obstrução ao trabalho oficial.

Foto: Reprodução/Yonhap

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