Vendas no varejo do Amazonas estabilizam, enquanto Brasil recua, segundo o IBGE

16/01/2025 as 7:45 pm

As vendas no comércio varejista do Amazonas apresentaram leve estabilidade, com um crescimento de apenas 0,1% na comparação entre outubro e novembro, conforme dados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados pelo IBGE na última quinta-feira (09). No entanto, em relação ao mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 1,5%. Apesar disso, o acumulado de 2024 até novembro registra um aumento de 5,3%, mantendo uma tendência positiva ao longo do ano, com variação de 5,1% nos últimos 12 meses.

Em contraste, o comércio varejista brasileiro como um todo experimentou uma retração de 0,4% no mesmo período, principalmente influenciado pela queda de 2,8% nas vendas de móveis e eletrodomésticos. Esse resultado representa uma desaceleração após o pico histórico de outubro de 2024, quando o crescimento foi de 0,4%. O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, destaca que a variação de 0,4% é interpretada como estabilidade, mantendo o setor em uma trajetória de alta ao longo do ano.

Analisando o desempenho dos segmentos, cinco das oito atividades pesquisadas pelo IBGE registraram queda nas vendas de outubro para novembro. Além de móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria tiveram redução de 2,2%, enquanto livros, jornais, revistas e papelaria apresentaram queda de 1,5%. Outros setores, como artigos de uso pessoal e doméstico e supermercados, também apresentaram declínios de 1,0% e 0,1%, respectivamente.

Por outro lado, houve crescimento em segmentos como equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com alta de 3,5%, seguido por combustíveis e lubrificantes (1,5%) e tecidos, vestuário e calçados (1,4%). Santos observa que a queda em supermercados pode ser atribuída a uma acomodação após os recentes crescimentos, além da influência da inflação nos alimentos.

O varejo ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado, teve uma redução de 1,8% na comparação entre outubro e novembro. Contudo, o acumulado do ano aponta um aumento de 4,4%, e, nos últimos 12 meses, um crescimento de 4%.

Foto: Elza Fiuza

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