Facção venezuelana, listada como terrorista, intensifica operações no Brasil com ajuda do PCC

13/02/2025 as 3:53 pm

A facção venezuelana Tren de Aragua, recentemente classificada como organização terrorista pelos Estados Unidos, fortaleceu sua presença no Norte do Brasil por meio de uma aliança com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Este avanço, destacado no editorial do jornal O Globo desta quinta-feira (13), evidencia uma crescente articulação internacional de atividades criminosas na região amazônica.

O Tren de Aragua e o PCC colaboram na exploração de rotas de tráfico e outros negócios ilegais, intensificando a violência e a insegurança local. A influência dessas organizações se estende além dos crimes ambientais já conhecidos, como o desmatamento e o garimpo ilegal, abrangendo também o tráfico de drogas e atividades conexas, que têm alarmado as autoridades brasileiras.

Os métodos adotados pelo Tren de Aragua, semelhantes aos de outras facções brasileiras, incluem a violência extrema para dominar territórios e eliminar rivais. Uma investigação policial revelou, em janeiro, um cemitério clandestino em Boa Vista, Roraima, com dez corpos de possíveis rivais da facção, ressaltando a brutalidade deste grupo, que já controla o tráfico em diversas áreas de Roraima e Manaus.

Liderados pelos irmãos Antonio e Daniel Cabrera, que estão presos sob acusações de tráfico e homicídio, a facção também explora a vulnerabilidade dos imigrantes venezuelanos. Desde 2015, mais de 568 mil venezuelanos chegaram ao Brasil, muitos dos quais são aliciados pela organização para atividades ilícitas.

O Globo faz um apelo urgente para que a União e os estados intensifiquem esforços no combate ao crime organizado, uma vez que a situação na Amazônia reflete a expansão de redes criminosas que se beneficiam da falta de repressão estatal, colocando em risco a segurança e a integridade da região.

Foto: Reprodução/Google Maps

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