Exército Brasileiro reforça segurança em Roraima com mísseis anticarro de alta precisão

31/01/2024 as 8:41 am

O Exército Brasileiro está atualmente conduzindo a “Operação Roraima”, um movimento tático de grande envergadura que visa fortalecer as capacidades militares na região de Roraima. Esta operação, coordenada pelo Comando Logístico (Colog) e pelo Comando Militar do Oeste (CMO), inclui o deslocamento estratégico de materiais de emprego militar, com destaque para os mísseis superfície-superfície 1.2 Anticarro (MSS 1.2 AC), que são considerados uma adição vital para o 18° Regimento de Cavalaria Mecanizado, a mais recente Unidade do Comando Militar da Amazônia.

O 9° Grupamento Logístico está liderando essa operação meticulosamente planejada, que visa o deslocamento de um esquadrão de cavalaria mecanizado da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada em direção à capital de Roraima, Boa Vista (RR). Para alcançar esse objetivo, três unidades de marcha, compostas por meios militares, partiram de Campo Grande (MS) em uma jornada que se estendeu por mais de 2.100 quilômetros.

A primeira unidade de marcha, designada como Destacamento Logístico Guaicurus, é composta por 50 militares e 32 viaturas, incluindo 14 Viaturas Blindadas Multitarefa Guaicurus. Este formidável comboio logístico atravessou território nacional até alcançar Porto Velho (RO), onde transitou por meios fluviais do Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA) até finalmente chegar ao seu destino em Roraima.

Um aspecto de destaque nessa operação é o uso do MSS 1.2 AC, um míssil superfície-superfície anticarro de médio alcance, que foi concebido sob medida para atender às necessidades do Exército Brasileiro. Este sistema consiste em duas partes essenciais: a Munição (o míssil em seu container lançador) e a Unidade de Tiro.

O MSS 1.2 AC opera por meio de um sistema de guiamento conhecido como “beam-rider”, que exige que o operador realize o apontamento óptico direcionado ao alvo. Durante o trajeto do míssil em direção ao alvo, a Unidade de Tiro emite um feixe laser invisível codificado, que se alinha perfeitamente com a mira óptica, proporcionando uma referência de guiamento crítica para o míssil. Essa tecnologia permite ao sistema perfurar blindagens com até 500 milímetros de espessura em chapa de aço padrão OTAN, além de neutralizar ameaças em um raio de até 4000 metros, com foco principal em veículos blindados.

É relevante destacar que todo o desenvolvimento do MSS 1.2 AC foi realizado inteiramente em solo brasileiro e passou por rigorosa avaliação no Centro de Avaliações do Exército (CAEx) em agosto de 2023. Engenheiros e técnicos da empresa SiattI Engenharia, Indústria e Comércio Ltda, militares do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), responsáveis pelo desenvolvimento do míssil, militares do CAEx e representantes da Marinha do Brasil estiveram envolvidos na avaliação.

Essa conquista notável evidencia a qualidade do trabalho colaborativo entre o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação do Exército (SCTIEx) e a Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) ao entregar um equipamento moderno e preciso, integralmente desenvolvido com tecnologia 100% nacional.

O MSS 1.2 AC não se limita apenas ao combate de veículos blindados; sua versatilidade permite seu uso secundário contra outros alvos, incluindo concentrações de veículos, construções fortificadas, depósitos de combustível, depósitos de munição, barcos fluviais e até helicópteros em voo baixo. Essa capacidade multifuncional amplia sua importância nas operações militares em áreas estratégicas, como a região de Roraima.

Foto: Centro de Comunicação Social do Exército

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