Definitivamente não sou antipático, simplesmente não finjo gostar das coisas que a maioria finge gostar, acho que muito dessa postura vem dos ensinamentos passados pelos meus pais, que sempre focaram na minha individualidade. Aliás, há uma frase do repertório das mães, que de tão simples por vezes não damos a devida importância, quando elas dizem “você não é todo mundo” deveríamos guarda essa informação para a vida; para que possamos viver sem a preocupação de agradar os gostos e vontades dos outros.
Não espero que as pessoas entendam minha postura, mas, como parte da mesma não me preocupo com pensamentos contrários aos meus, assim, vivo tranquilo comigo e com os que realmente me importo. Cada indivíduo tem seus próprios interesses e nem sempre é necessário fingir gostar de algo ou de alguém apenas para agradar a “torcida”, ser autêntico e verdadeiro consigo mesmo é importante, digo mais, é fundamental!
Para filosofia freudiana a individualidade não é algo fixo ou determinado, mas sim um processo dinâmico e em constante transformação. A análise freudiana e a psicanálise buscam compreender esses conflitos e influências inconscientes para ajudar os indivíduos a conhecerem-se melhor e desenvolverem uma maior harmonia interna. Com maior simplicidade, entendo como Freud, partindo da minha evolução das minhas experiencias e do resultado da minha própria lapidação interna, posso mudar de gostos, conceitos e de até de atitudes, pois entendo que é natural a mudança com o passar do tempo, mas, nunca com intuito de agradar terceiros.
Deste modo, resguardando os devidos pontos, em que pese todos os conflitos se mostram cada vez mais aflorados em nossa sociedade penso que aquele ensinamento singelo da maternidade onde iniciamos nossa conversa, seria um bom ponto de partida para combatermos muitos dos problemas que criamos em nossas vidas tornando a jornada mais cansativa e penosa. É sempre melhor exercermos nossa individualidade! Vejo todos na próxima semana. Até lá!
Diogo Augusto
Foto: Freepick
