CAS e Codam projetam injeção de R$ 2,8 milhões na indústria do Amazonas

28/02/2024 as 4:52 pm

Às vésperas do 57º aniversário da Zona Franca de Manaus, o Amazonas se prepara para aprovar um significativo aporte financeiro de até R$ 2,8 bilhões destinado à indústria estadual. Essa cifra monumental compreende os projetos previstos para deliberação tanto no Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam), agendado para quinta-feira (29), quanto no Conselho de Administração da Suframa (CAS), marcado para sexta-feira (1º). Destaque-se que a presença do vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento Econômico, Geraldo Alckmin, está prevista para o último evento.

O Codam e o CAS representam os principais órgãos do estado responsáveis pela aprovação de incentivos fiscais destinados a projetos industriais de implantação, diversificação e modernização. Essa estrutura de benefícios tributários para empresas, em comparação com outras regiões, constitui o alicerce da Zona Franca e da economia do Amazonas.

Na chamada ‘super semana’ da indústria amazonense, a primeira reunião agendada é a do Codam, promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti). Segundo projeções da pasta, espera-se um montante total de R$ 1,6 bilhão em investimentos. Desse valor, destaca-se um aporte significativo de R$ 1 bilhão direcionado a um projeto de modernização da Yamaha Motor da Amazônia, uma das empresas de destaque na Zona Franca, que está atualizando suas operações no estado.

A pauta do Codam contempla 32 projetos que preveem a criação de 748 novos postos de trabalho formais. O maior volume de investimentos (R$ 1 bilhão) destina-se à modernização de operações já existentes. Quanto à categoria de ‘implantação’, que engloba negócios completamente novos, o investimento alcança a marca de R$ 41 milhões. Por sua vez, a ‘diversificação’ de operações prevê aportes da ordem de R$ 529 milhões.

“A Zona Franca se supera e mostra o momento do aquecimento da economia brasileira, não apenas no Amazonas, mas no Brasil todo. Isso é altamente positivo e, de nossa parte, seguindo a orientação do governador, o objetivo é tornar o ambiente de negócios sempre melhor e acho que temos conseguido isso”, destaca Serafim Corrêa, titular da Sedecti.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), estima-se um crescimento de 1,7% na economia brasileira este ano. Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), que reflete o somatório de toda produção nacional, espera-se um aumento de 3%, em linha com o desempenho do ano anterior.

No entanto, o setor industrial, que abarca uma parcela significativa das atividades da Zona Franca, projeta um crescimento entre 0,3% e 0,7%, uma cifra considerada modesta. Ainda assim, representa uma recuperação em relação ao ano anterior, quando o setor registrou uma queda de 0,7%.

A própria Zona Franca experimentou uma desaceleração em seu crescimento, comparado aos anos anteriores. Entre janeiro e novembro de 2023, registrou um faturamento de R$ 161,50 bilhões, representando um aumento de 7,97% em relação ao mesmo período de 2022. Esse percentual é três vezes menor do que o observado entre 2021 e 2022, quando o faturamento cresceu 35%.

Foto: Divulgação/Suframa

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