Justiça espanhola concede liberdade provisória ao jogador Daniel Alves

20/03/2024 as 10:25 am

Nesta quarta-feira (20), a Justiça espanhola deliberou favoravelmente ao pedido de liberdade provisória formulado pela defesa do jogador Daniel Alves. O atleta estava submetido a uma pena de quatro anos e seis meses, após ser considerado culpado pelo estupro de uma mulher em um banheiro de uma casa noturna no país europeu. A decisão judicial estipulou o pagamento de uma fiança no valor de 1 milhão de euros (equivalente a R$ 5,4 milhões).

Conforme determinado pelos magistrados, caso Daniel Alves cumpra a fiança e seja posto em liberdade, serão confiscados ambos os seus passaportes, tanto o espanhol quanto o brasileiro. Além disso, está estabelecido que o jogador não poderá deixar o território espanhol e será obrigado a comparecer semanalmente perante o tribunal.

Outras medidas restritivas incluem a obrigatoriedade de manter uma distância mínima de um quilômetro da residência, local de trabalho ou quaisquer lugares frequentados pela vítima. Ademais, fica proibido ao jogador tentar estabelecer contato com a denunciante por qualquer meio.

A condenação de Daniel Alves, datada de 22 de fevereiro, refere-se ao estupro de uma jovem nas dependências de um banheiro privativo da Boate Sutton, em Barcelona, na noite de 30 de dezembro de 2022. Segundo os autos judiciais, o jogador teria coagido a vítima mediante o uso de violência.

O tribunal sentenciou o brasileiro a quatro anos e meio de reclusão, seguidos por cinco anos de liberdade condicional e nove anos de distanciamento da vítima, além de uma compensação financeira de 150 mil euros (aproximadamente R$ 804 mil na cotação atual).

Durante o julgamento, que transcorreu entre os dias 5 e 7 de fevereiro, o Ministério Público requereu uma pena de nove anos de prisão para Alves, enquanto a parte acusadora representando a vítima pleiteava uma sentença de 12 anos. O tribunal, considerando a atenuante da reparação do dano, concluiu que o jogador “abordou subitamente” a vítima, derrubando-a e consumando o ato de violência sexual, impedindo qualquer reação por parte dela.

Segundo a corte, “não é necessário que ocorram lesões físicas, nem que haja provas de oposição heroica por parte da vítima a manter relações sexuais”.

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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