Uber encerra operação em Minneapolis após aprovação de lei trabalhista para motoristas

21/03/2024 as 5:25 pm

Devido a nova legislação adotada pelo conselho da cidade de Minneapolis, no estado de Minnesota. A Uber, principal player do setor, anunciou de forma que encerrará suas operações na cidade a partir do dia 1º de maio, data em que a nova lei entrará em vigor. Seguindo a mesma linha, a Lyft, outra grande empresa do ramo, também anunciou a suspensão de suas atividades na região.

A nova lei municipal visa estabelecer um aumento no piso salarial dos motoristas por aplicativo, equiparando-o ao salário mínimo local, estabelecido em US$ 15,57 por hora, conforme a cotação atual (aproximadamente R$ 77,69).

Em comunicado oficial, a Lyft expressou seu apoio à ideia de um ganho mínimo para os motoristas, porém contestou veementemente o valor estipulado pelo conselho municipal. A empresa argumenta que a regulamentação deveria ter sido implementada de forma mais transparente, preservando a acessibilidade do serviço para os passageiros. Alegou ainda que o valor proposto tornaria suas operações financeiramente inviáveis, justificando, assim, sua decisão de cessar as atividades em Minneapolis.

Apesar da retirada anunciada, tanto a Uber quanto a Lyft se comprometeram a pressionar o Legislativo de Minnesota para que invalide a decisão municipal. No entanto, membros do partido republicano apresentaram um projeto de lei que visa proibir a regulamentação local dos motoristas por aplicativo, evidenciando a polarização política em torno do tema.

A legislação aprovada em Minneapolis estabelece que as empresas de transporte por aplicativo devem remunerar os motoristas com pelo menos US$ 1,40 por milha percorrida e US$ 0,51 por minuto de tempo gasto no transporte de passageiros. O prefeito local, Jacob Frey (Democrata), manifestou-se contra a proposta, evidenciando a divisão de opiniões.

Brasil

Enquanto isso, no Brasil, o governo federal apresentou uma proposta semelhante de regulamentação para o transporte por aplicativo. O projeto de lei, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2 de março, prevê uma série de medidas, incluindo contribuições previdenciárias, garantias salariais, sindicalização dos motoristas e direitos trabalhistas para mulheres trabalhadoras, destacando-se a concessão de auxílio maternidade.

Foto: Divulgação

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