Índice de furto de Energia na Região Norte chega a 45%, revela estudo

18/04/2024 as 4:56 pm

Um recente levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), trouxe à tona números sobre o furto de energia no Brasil em 2022. De acordo com os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o índice de perdas devido a ligações clandestinas atingiu mais de 14% em todo o país, com destaque para a região Norte, onde esse índice chega a cerca de 45%.

O estudo intitulado “Brasil Ilegal” revelou que o mercado ilegal gerou um prejuízo estrondoso de R$ 453,5 bilhões no ano passado, considerando não apenas o valor das mercadorias vendidas de forma ilegal, mas também os impostos não arrecadados e os furtos de energia e água. Essa atividade clandestina também teve um impacto negativo significativo no mercado de trabalho, com a perda estimada de aproximadamente 370 mil empregos em diversos setores afetados, como audiovisual, bebidas alcoólicas, celulares, combustíveis, vestuário e farmacêutico, entre outros.

O diretor da Fiesp e da Firjan na área de segurança, Carlos Erane de Aguiar, alerta para as graves consequências desse cenário, destacando que o montante perdido equivale ao PIB de um estado como Santa Catarina. Além disso, as consequências ambientais são igualmente preocupantes, com a quantidade de energia elétrica furtada em 2022 sendo suficiente para abastecer as residências da Região Metropolitana de São Paulo por mais de um ano.

Outro ponto crítico é o furto de água, que também representa um grande desafio. O custo das ligações clandestinas na rede de abastecimento de água ultrapassou os R$ 14 bilhões no ano passado, equivalendo a mais de 14% do faturamento total do setor.

Foto: Divulgação

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