MP-SP requer volta de Alexandre Nardoni para prisão

08/05/2024 as 8:05 am

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) busca a revisão do regime de cumprimento de pena de Alexandre Nardoni. A instituição moveu um recurso contra a decisão judicial que permitiu a saída do réu da prisão em regime aberto, solicitando sua imediata volta ao regime semiaberto, até que o recurso seja analisado.

Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pela morte de sua filha, Isabella Nardoni, deixou a penitenciária de Tremembé na tarde de segunda-feira (6). Sua defesa afirmou estar atenta para evitar possíveis injustiças.

O MP-SP protocolou o recurso na segunda-feira (6), alegando que o réu não conseguiu demonstrar de forma convincente que não representa risco à sociedade. A promotoria argumenta que Nardoni exibiu características preocupantes, como frieza emocional e ausência de arrependimento, além de possíveis transtornos de personalidade.

A medida cautelar requerida pelo MP-SP busca suspender os efeitos da progressão ao regime aberto, exigindo que Nardoni retorne ao regime semiaberto, onde permaneceria na prisão, mas com permissão para trabalhar e estudar fora, até que o recurso seja julgado.

Em sua decisão, o juiz José Loureiro Sobrinho destacou que Nardoni já cumpriu o tempo necessário para a progressão de regime, após 16 anos de prisão. Para o magistrado, a gravidade do crime não deve ser um obstáculo à ressocialização do réu.

O advogado de Nardoni, Roberto Podval, criticou a postura de alguns promotores, alegando que estes estão mais interessados na exposição midiática do que na busca pela justiça.

Contextualização do Caso:

Alexandre Nardoni e sua esposa, Anna Carolina Jatobá, foram condenados pela morte da filha dele e enteada dela, Isabella, ocorrida em março de 2008. O caso gerou grande comoção na época. Anna Jatobá cumpriu 15 anos de uma pena de 26 anos e oito meses, obtendo progressão para o regime aberto em junho do ano passado. Já Alexandre, inicialmente condenado a 31 anos e um mês, conseguiu progressão para o regime semiaberto em abril de 2019, após redução da pena devido a atividades realizadas na prisão.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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