Sem acordo com governo Lula, servidores do INSS iniciam greve

12/07/2024 as 3:50 pm

Na última quarta-feira (10), os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo, deram início a uma greve que afeta todo o país. A decisão de paralisar as atividades ocorre após múltiplas tentativas de negociação fracassadas com o governo federal, principalmente em relação ao reajuste salarial exigido pela categoria.

A greve, que abrange tanto os funcionários que trabalham presencialmente nas agências quanto os que estão em regime de home office, pode ter impactos significativos na análise e concessão de benefícios essenciais como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas). Exceto pelos serviços de perícia médica e análise de recursos e revisões de pensões e aposentadorias, o atendimento presencial está comprometido durante o movimento.

O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP) anunciou a formação do comando de greve, com a primeira reunião marcada para hoje (12), visando coordenar os esforços do movimento grevista.

Com um contingente de 19 mil servidores ativos, sendo 15 mil técnicos e quatro mil analistas, o INSS enfrenta desafios operacionais significativos devido à paralisação. Aproximadamente metade dos funcionários está atualmente trabalhando em regime de home office.

Além disso, a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) convocou uma nova greve, marcada para iniciar na próxima terça-feira (16). Em um ofício enviado à ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, e ao presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, a Fenasps justificou a decisão, apontando que as propostas apresentadas pelo governo não atendem às necessidades da categoria, especialmente no que se refere às condições salariais e à estrutura de carreira.

A entidade sindical criticou as recentes medidas governamentais, como o prolongamento do número de níveis na carreira e a criação de gratificações, consideradas insuficientes para compensar as perdas salariais acumuladas, que já ultrapassam os 53% nos últimos anos. A Fenasps também alertou para o impacto da Instrução Normativa 24 (IN 24), que pode intensificar a pressão sobre os servidores, com metas mais rígidas e penalidades financeiras em caso de não cumprimento, além da abertura de Processos Administrativos Disciplinares (PAD).

Foto: Agência Brasil

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