CrowdStrike enfrenta queda de 11% nas ações após falha cibernética global

19/07/2024 as 7:38 pm

As ações da CrowdStrike, uma das principais empresas de segurança cibernética, despencaram cerca de 11% no pré-mercado da Bolsa de Nova York nesta sexta-feira (19). O impacto da falha no sistema da companhia causou interrupções em diversos setores ao redor do mundo. As ações da CrowdStrike, identificadas pelo código CRWD, fecharam o dia com uma desvalorização de 11,10%, cotadas a US$ 304,96. No pré-mercado, os papéis chegaram a cair cerca de 19%.

Durante a manhã, o CEO da CrowdStrike Holdings Inc., George Kurtz, informou que a empresa havia identificado e corrigido o problema relacionado a uma atualização que causou travamento nos sistemas Windows globalmente. Em um comunicado publicado na plataforma X, Kurtz afirmou: “Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada.”

O erro ocorreu no software “Falcon Sensor” da CrowdStrike, que provocou a conhecida “Tela Azul da Morte” nos sistemas Windows. A falha afetou diversos setores, incluindo companhias aéreas, emissoras de televisão, bancos e instituições de saúde. Um alerta enviado às 02h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira orientou os clientes sobre a situação e ofereceu uma solução manual para mitigar o problema.

Quem é o CEO

George Kurtz, CEO e fundador da CrowdStrike, tornou-se a principal figura pública após a falha cibernética global. Em entrevista ao canal NBC, Kurtz pediu desculpas pelo incidente e garantiu que os sistemas estavam sendo gradualmente restaurados. “À medida que os sistemas voltam a ficar online e são reiniciados, eles estão voltando a funcionar”, afirmou. “Estamos trabalhando com cada cliente para garantir a reestabilização de seus sistemas.”

Kurtz, de 59 anos, tem uma carreira extensa na área de segurança cibernética. Formado em contabilidade pela Seton Hall University, iniciou sua trajetória profissional como contador público em Nova Jersey. Sua entrada no setor de segurança cibernética ocorreu em 1991, quando começou a trabalhar na PWC, desenvolvendo a primeira metodologia de pen-testing da empresa e liderando equipes de consultoria.

Após sete anos na PWC, Kurtz atuou na Ernst & Young como gerente sênior, supervisionando a segurança em vários setores. Em 1999, fundou a Foundstone, empresa de segurança digital adquirida pela McAfee em 2004. Na McAfee, ocupou cargos de destaque, incluindo diretor de Tecnologia Mundial e EVP.

Em 2011, Kurtz fundou a CrowdStrike, que é conhecida por sua plataforma de segurança cibernética, o CrowdStrike Falcon. Este produto é amplamente utilizado por grandes corporações e entidades governamentais para proteção contra ameaças digitais.

Foto: Códigos/Freepick | George Kurtz/Reprodução

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