Rios Madeira e Purus enfrentam escassez hídrica, confirma agência nacional

30/07/2024 as 2:27 pm

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação de escassez quantitativa de recursos hídricos nos rios Madeira e Purus, situados no sudoeste do Amazonas. A medida, válida até 30 de novembro, intensificará o monitoramento das bacias e os impactos nos usos da água, com o intuito de propor ações preventivas em cooperação com setores dependentes desses recursos.

Essa decisão ocorre em um contexto de seca severa na Região Norte, comprometendo o abastecimento de água e o transporte aquaviário em várias áreas da Amazônia. Durante o último período chuvoso, de novembro a abril, as precipitações nas bacias dos rios Madeira e Purus ficaram abaixo do esperado, uma tendência que se mantém no atual período seco.

Os cenários hidrometeorológicos projetados para este ano sugerem que os níveis dos rios podem alcançar ou superar os de criticidade registrados no ano anterior. A agência ressalta que a diminuição nas chuvas tem mantido os níveis dos rios próximos aos mínimos históricos, afetando diretamente atividades que dependem de níveis adequados de água, como a navegação fluvial e a produção de energia hidrelétrica.

A ANA também enfatizou a importância estratégica do transporte aquaviário para o desenvolvimento econômico e social da Amazônia, especialmente na Hidrovia do Rio Madeira, que é essencial para o transporte de cargas, incluindo produtos agrícolas, alimentos, medicamentos e combustíveis. Os rios são vitais para a conexão de diversas comunidades amazônicas, facilitando o acesso a serviços essenciais, como saúde e educação.

As declarações de escassez emitidas pela ANA têm como objetivo alertar os governantes e a população sobre a gravidade da seca, incentivando a adoção de medidas preventivas por parte das instituições gestoras e dos usuários dos recursos hídricos. A agência também alerta que, se necessário, poderá revisar as regras de uso da água e as condições de operação dos reservatórios, conforme as outorgas já emitidas, entre outras medidas de ajuste.

Foto: Defesa Civil/Porto Velho

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