Morre aos 96 anos o ex-ministro e economista Delfim Netto

12/08/2024 as 8:36 am

Morreu nesta segunda-feira (12), aos 96 anos, o economista e ex-ministro Antônio Delfim Netto. A informação foi confirmada pela assessoria do economista, que estava internado desde o último dia 5 de agosto no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações de saúde.

A assessoria de Delfim Netto informou que o velório será restrito à família, sem abertura para o público, e que o sepultamento também será realizado em cerimônia privada. Ele deixa uma filha e um neto.

Descendente de imigrantes italianos, Delfim Netto nasceu em São Paulo, em maio de 1928. Graduou-se em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1951 e rapidamente se destacou no cenário acadêmico, tornando-se catedrático em 1958 e professor emérito pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da mesma instituição.

Sua carreira política foi marcada por posições de destaque desde 1965, quando foi membro do Conselho Consultivo de Planejamento (Consplan) do governo Castelo Branco. Em 1966, assumiu o cargo de secretário da Fazenda no governo do Estado de São Paulo. Em dezembro de 1968, foi um dos signatários do Ato Institucional Número 5 (AI-5), durante o governo Costa e Silva, um decreto que intensificou a repressão no período do regime militar.

Delfim Netto foi ministro da Fazenda de 1967 até o fim do governo Médici, em 1974. Posteriormente, atuou como embaixador do Brasil na França e, em 1979, integrou o Conselho Monetário Nacional, chegando a comandar o Banco Central durante o governo Figueiredo. Também foi deputado federal pelo Partido Democrático Social, participando da Assembleia Nacional Constituinte entre 1987 e 1991, e foi reeleito por cinco mandatos consecutivos até 2007.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Morre aos 96 anos o ex-ministro e economista Delfim Netto

“Jamais compactuaria com qualquer plano de golpe”, afirma Bolsonaro

Em resposta a ataques, Putin ordena produção em série de míssil supersônico

Arte em ouro

Taxa de desemprego no Amazonas sobe para 8,1% no terceiro trimestre, aponta IBGE

Um país desigual, o legado de 25 anos de maus governantes