Zona Franca já enfrenta alta nos custos de produção devido à estiagem

05/09/2024 as 9:01 pm

A estiagem na região amazônica está provocando um aumento nos custos de produção na Zona Franca de Manaus, com possíveis reflexos nos preços ao consumidor, conforme relata a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), em matéria do jornal Valor Econômico.

Segundo Antonio Silva, presidente da Fieam, as indústrias implementaram estratégias para evitar o desabastecimento de insumos, um problema já enfrentado na crise de 2023. “Boa parte das indústrias montou um planejamento para mitigar a possibilidade de desabastecimento de insumos. A ação não elimina o risco, mas reduz a possibilidade de enfrentarmos condições como as de 2023”, afirma Silva.

Diante da seca que afeta o transporte fluvial, essencial para a movimentação de insumos e produtos, as empresas estão recorrendo a alternativas como portos flutuantes e ajustes nos fluxos logísticos. Estas alternativas, contudo, acarretam custos adicionais que podem ser repassados aos preços dos produtos finais.

O presidente da Fieam ressalta a importância das licenças ambientais recentemente aprovadas para a instalação de portos flutuantes entre Itacoatiara e o Rio Madeira, visando facilitar o transbordo das mercadorias. “Essas são medidas que, todavia, elevam os custos de produção e podem afetar o preço final dos produtos”, destaca.

O governo federal também está atuando com medidas como a dragagem dos rios Amazonas e Madeira, para assegurar a navegabilidade mesmo durante o período de secas. “Não há uma solução única ou definitiva quando lidamos com fatores climáticos extremos como nessa situação. O que precisamos é de celeridade para que as ações em curso sejam concluídas a tempo de abrandar os efeitos mais nocivos da estiagem”, acrescenta Antonio Silva.

Foto: Arquivo/Agência Brasil

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