Preços de mototaxistas serão controlados por sindicato em Manaus, alerta Alberto Neto

19/10/2024 as 8:35 am

A sanção da Lei 3.379 pelo prefeito David Almeida (Avante), que regulamenta a atividade de mototaxistas e motoristas de aplicativo em Manaus, provocou preocupações na categoria. O candidato à reeleição pela coligação Ordem e Progresso, Capitão Alberto Neto (PL), alertou sobre a lei em um vídeo divulgado na última sexta-feira (18).

Segundo Alberto Neto, a nova legislação estabelece um processo seletivo e limita o número de autorizações para atuação, o que poderia beneficiar aliados políticos do prefeito. “Agora, a categoria terá que passar por um processo seletivo para poder trabalhar, e haverá um limite de autorizações. Ou seja, eles vão decidir quem pode e quem não pode trabalhar, e é óbvio que isso vai favorecer os amiguinhos deles [do prefeito]”, apontou o Capitão.

A lei também obriga os motoristas a formalizarem uma empresa e a arcarem com taxas constantes, independentemente de estarem aptos a trabalhar ou não. “Além disso, será preciso abrir uma empresa, e mesmo que você esteja doente e sem poder trabalhar, ainda assim terá que pagar as taxas”, ressaltou Neto.

Outra disposição controversa refere-se à limitação de circulação e ao tabelamento de preços controlado pelo sindicato dos mototaxistas, o que pode diminuir a autonomia dos profissionais e centralizar o controle nas mãos de poucos. “O serviço terá seu pagamento tabelado, com os valores determinados pelo sindicato dos mototaxistas. Ou seja, você ficará nas mãos deles. Isso afetará todo o transporte em Manaus. E não para por aí: você não poderá mais alugar uma moto, ela terá que estar registrada em seu nome ou no nome de um parente. Além disso, o prefeito poderá alterar as áreas de circulação a qualquer momento, de acordo com o que ele decidir”, explicou o candidato.

A legislação proíbe ainda a utilização de motocicletas com mais de quatro anos de uso, representando um desafio para aqueles que não possuem recursos para investir em novos veículos. “Como se não bastasse tudo isso, o prefeito ainda quer proibir o uso de motos com mais de 4 anos de uso. Ou seja, quem não tem condições de comprar uma moto nova, não poderá mais atuar como mototaxista”, lamentou o Capitão Alberto Neto.

Com a introdução de 16 novas taxas, totalizando mais de R$ 740, intensificam-se as preocupações com a sustentabilidade financeira dos mototaxistas e motoristas de aplicativo em Manaus, colocando em dúvida a continuidade da profissão para muitos dos atuais trabalhadores.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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