Manaus e suas eleições acirradas

27/10/2024 as 7:00 am

Caros leitores,

Hoje, neste domingo de segundo turno, Manaus testemunha um embate eleitoral que promete marcar a história política da cidade. De um lado, o atual prefeito David Almeida; do outro, o Capitão Alberto Neto. As tensões estão elevadas, ultrapassando a simples disputa por votos.

As pesquisas indicam um empate técnico, fazendo nos lembrar de disputas como as de 1996, 2000 e 2020, nas quais os vencedores triunfaram por margens mínimas. Em 1996, por exemplo, Alfredo Nascimento superou Serafim Corrêa por escassos 2.558 votos, ou 0,55%. Em 2000, Alfredo manteve seu posto contra Eduardo Braga por uma margem de 9.868 votos, equivalente a 1,56%. Mais recentemente, em 2020, David Almeida prevaleceu sobre Amazonino Mendes por uma diferença de 23.223 votos, ou 2,55% dos votos válidos. Esses números mostram uma cidade com uma tradição de disputas acirradas, mas a divisão atual parece mais profunda do que a disputa por votos.

Essa polarização evoca a dialética hegeliana, na qual as oposições fomentam transformações e novas realidades. Assim, essa disputa política pode ser vista como um catalisador para a evolução, embora também carregue o risco de se tornar um embate duradouro, prejudicando a coesão social.

Neste momento decisivo, é fundamental que os eleitores de Manaus não se deixem levar apenas pela polarização ou pela intensidade da disputa. É hora de uma reflexão madura sobre os verdadeiros valores em jogo e sobre o tipo de liderança que desejamos no comando de nossa querida cidade. Que esta eleição seja um convite ao diálogo, à compreensão e ao compromisso com uma Manaus mais unida e justa.

A política, em sua essência, deve ser uma arena de construção coletiva e exercício da cidadania, não um palco de antagonismos. Ao confirmarmos nossos votos nas urnas, tenhamos plena consciência de que estamos escolhendo não só um candidato, mas a visão de futuro que almejamos para nossa comunidade.

Um abraço crítico, porém repleto de esperança.

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