No Senado, Plínio condena interferência estrangeira na política ambiental da Amazônia

12/11/2024 as 7:42 pm

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (12), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) expressou forte oposição à influência de organizações internacionais nas políticas ambientais do Brasil, especialmente em relação à exploração de recursos na Amazônia.

O senador questionou a credibilidade das informações divulgadas pelo Greenpeace sobre a existência de uma barreira de corais na foz do Rio Amazonas, que seria um impedimento natural à exploração petrolífera na região. Segundo Valério, esses dados têm sido indevidamente reforçados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que negou a licença ambiental para exploração com base nessas informações.

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Valério criticou a dependência de dados fornecidos por entidades estrangeiras, que, em sua visão, são utilizados para barrar o desenvolvimento econômico local. “As imagens do Greenpeace são sabidamente falsas e utilizadas pelos “santuaristas”. O Amazonas, que é o estado mais rico da Federação, tem hoje 65% de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza, ou seja, não têm R$ 11 para se sustentar por dia. E esses panacas vêm aqui nos ditar normas, nos impedindo de explorar petróleo, ouro, minério, potássio, seja lá o que for. Eles nos impedem, na verdade, de comer, de nos alimentar, de criar, de viver e de subsistirem nossos irmãos do Acre, do Amazonas, do Amapá, de Rondônia, de Roraima. E está lá o Greenpeace, com o seu coral ambulante, levando para cima e para baixo, para dizer onde pode,” argumentou.

O senador também se posicionou contra a participação de Christiane Taubira, ex-ministra da Justiça da França, em projetos educativos na Universidade de São Paulo (USP) sobre a Amazônia. Para ele, a presença de Taubira perpetua uma imagem negativa da capacidade brasileira de gerir suas riquezas naturais. “Alimenta uma percepção negativa sobre a capacidade brasileira de gerir a Amazônia,” afirmou Plínio.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

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