Natal, tradicionalmente um período de alegria, esperança e celebração, parece ter adquirido um tom mais sombrio neste ano. A euforia consumista que costuma marcar a época dá lugar a um clima de incerteza e preocupação com o futuro. A sombra da economia, mais precisamente a alta do dólar e a consequente escalada dos juros, paira sobre as festas de fim de ano, deixando um gosto amargo na boca dos brasileiros.
A ceia de Natal, antes repleta de fartura e variedade, agora se torna um item de luxo para muitos. A valorização do dólar, que impacta diretamente o preço de diversos produtos importados, usados nas receitas típicas dessa época e até mesmo os enfeites natalinos, se tornaram mais caros deixando espaço para a escuridão. A inflação, alimentada pela alta dos juros, remédio amargo para conter a alta do dólar, corrói o poder de compra da população, dificultando ainda mais a aquisição de presentes e a organização das festividades e a população fica mais uma vez refém de políticas atabalhoadas e falas mal pensadas do governo do país.
É lamentável que com tudo o que está acontecendo com todas as evidencias do desastre nós ainda temos uma mídia que se cala ou que pior ainda, que cria discursos para contornar a verdade dos fatos, a verdade é que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não tem em nossa ótica, compromisso necessário com o cargo e com o povo, fiquei abismado, ao saber que o mesmo estará de férias entre os dias 2 de dezembro desse ano e 21 de janeiro de 2025, em uma analogia figurativa é como se o piloto do avião, fosse jantar, em meio a uma pane no avião em que todos nós estamos a bordo, é desesperador viver dessa forma.
Contrariamente do que ventila o Presidente Lula, a política de juros altos, é SIM, um remédio amargo que DEVE ser tomado! Medida necessária para controlar a inflação, e o impacto negativo na economia é um efeito colateral que precisamos aceitar. Não buscar entender o mercado, não ter responsabilidade ao dar declarações sobre a economia, não buscar convergir interesses do governo e do mercado causa danos que demoram muito a serem superados, essa é uma lição que o atual Presidente parece não ter aprendido ou se aprendeu está fazendo questão de não aplicar.
A política acertada com Banco Central é uma tentativa de impedir que voltemos a ter um caos inflacionário como tivemos nos anos 80 onde tivemos até 1994, com a implantação do Real, a soma de juros acumulados em 14 anos percentual superior a 13 trilhões, conforme IBGE. Com o crédito mais caro, o consumo diminui, as empresas investem menos e o desemprego deve aumentar, esses são os primeiros danos de quem quer “desagradar o mercado”, palavras infelizmente ditas pelo Presidente Lula.
Esse cenário de incerteza econômica gera um clima de pessimismo que se reflete no comportamento dos consumidores, que tendem a ser mais cautelosos e a priorizar as despesas essenciais e o que vejo é um Natal cinzento reflexo da crise econômica e política que assola o país, e por pior que pareça temo que seja apenas o início das dores.
A alta do dólar e os juros elevados são apenas sintomas de um problema mais profundo, que exige soluções estruturais enérgicas de médio e longo prazo. É preciso que o governo adote medidas VERDADEIRAS de CONTENÇÃO de GASTOS e que paralelamente consiga estimular a economia, gerando emprego e renda para aí sim, controlar a inflação de forma mais eficaz e menos traumática. A nós nos cabe, sempre, a cobrança direta ou indireta de nossas representantes, afinal é sobre nossas vidas. Aguardo todos na próxima semana! Até lá!
Diogo Augusto , o turco, marido, pai, empreendedor, colecionador, pensador, curioso.
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