Nível das águas dos principais rios da Amazônia volta à normalidade, segundo o SGB

13/01/2025 as 6:18 pm

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) divulgou, no último dia 7, o 1º Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Amazonas, indicando que os níveis dos rios Negro, Solimões e Amazonas estão em processo de normalização ou já dentro dos parâmetros esperados para o mês de janeiro. O rio Negro em Manaus, especificamente, alcançou uma cota de 20,56 metros nesta segunda-feira (13), superando em 50 centímetros o nível registrado no mesmo dia do ano passado, que foi marcado pela maior vazante em 102 anos de registros.

Segundo o boletim, o rio Negro está subindo, em média, 20 cm por dia em Manaus, encontrando-se em processo de enchente com níveis considerados normais para a época. Em outras localidades, como Tapuruquara e Barcelos, a elevação continua, mas dentro do esperado. O rio Solimões também apresenta elevações, embora com menor intensidade em algumas regiões, com médias diárias de subida variando de 7 a 19 cm, dependendo da localidade, aproximando-se da normalidade para janeiro.

O rio Purus, em Beruri, mostra uma subida significativa de 19 cm diários, enquanto o rio Madeira, em Porto Velho e Humaitá, está em declínio, com níveis abaixo da normalidade para o período de enchente. No caso do rio Amazonas, apesar de estar em processo de enchente, alguns pontos monitorados apresentam níveis ligeiramente abaixo do esperado para o período, com subidas médias diárias de 12 a 17 cm.

A precipitação, fundamental para a dinâmica dos rios, aumentou no início da estação chuvosa, entre 7 de dezembro de 2024 e 5 de janeiro de 2025. As bacias amazônicas, que sofreram com volumes críticos nos últimos anos, estão em processo de recuperação. Os volumes de chuva variam, com algumas bacias, como a do Branco e do Marañon, recebendo menos de 200 mm, enquanto outras, como Jutaí e Javari, tiveram acumulados acima de 250 mm em 30 dias.

O boletim destaca que as áreas com maior precipitação estão no noroeste da área monitorada, com regiões como Juruá, Tefé e o curso principal do Solimões registrando os maiores valores acumulados.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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