“Os EUA tomarão o controle da Faixa de Gaza”, diz Trump em coletiva ao lado de Netanyahu

04/02/2025 as 11:05 pm

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (4), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que “Os EUA tomarão o controle da Faixa de Gaza e serão responsáveis por desmantelar todas as bombas não detonadas e outras armas no local”. Segundo Trump, o objetivo é desativar armamentos não detonados e impulsionar a reconstrução e o desenvolvimento econômico do local.

Durante o encontro, Trump detalhou os planos para a área, mencionando a intenção de transformar Gaza em um “lugar internacional inacreditável”, com potencial para atrair pessoas de diversas partes do mundo. Vamos criar oportunidades de emprego ilimitadas e moradias para os residentes, afirmou o presidente.

Questionado pela CNN sobre quem ele imagina que viverá em Gaza no futuro, Trump respondeu que vê uma população global habitando a área. Ele também comentou sobre a situação atual dos palestinos: “Eles só permanecem em Gaza porque não têm outra opção”.

Além disso, Trump propôs a realocação definitiva dos palestinos, argumentando que a região atualmente é um “inferno” e não deveria ser habitada. “Minha esperança é que possamos fazer algo realmente bom, algo realmente positivo, para que eles não queiram voltar. Por que iriam querer voltar? Aquele lugar tem sido um inferno”, disse ele na coletiva realizada no Salão Oval.

O plano de reassentamento inclui a mudança de entre 1,7 milhão e 1,8 milhão de palestinos para locais onde possam ter uma vida digna, segundo estimativas do presidente. Trump também criticou a inação do governo de Joe Biden, seu antecessor, acusando-o de fraqueza e de causar “danos graves” à situação global.

O presidente norte-americano enfrenta, contudo, a rejeição de países vizinhos como Jordânia, Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, que se opõem à ideia de absorver refugiados palestinos. Apesar disso, Trump se mostrou confiante de que essas nações acabarão por aceitar os reassentados. “Acredito que a Jordânia e o Egito aceitarão. Sei que eles dizem que não, mas eu digo que aceitarão”, concluiu.

Foto: Reprodução/X (antigo Twitter)

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