Lula gastará R$ 3,5 bilhões em publicidade em meio à crise de popularidade

10/03/2025 as 10:07 am

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um investimento de R$ 3,5 bilhões para campanhas publicitárias em 2024. A verba será destinada à promoção de políticas sociais, educação e saúde, além do fortalecimento da imagem de estatais como Correios, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, conforme revelou um levantamento feito pela Folha de S. Paulo. O objetivo desse aporte é melhorar a percepção pública das iniciativas do governo, especialmente em um momento em que a popularidade do presidente enfrenta declínio devido ao descontentamento econômico e ao aumento nos preços dos alimentos.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), principal gestora dos contratos, enfatiza que as ações publicitárias visam garantir que as políticas e programas do Executivo sejam amplamente divulgados à sociedade, assim como os direitos dos cidadãos. A mudança recente na liderança da Secom, com a entrada do publicitário Sidônio Palmeira no lugar de Paulo Pimenta (PT), reflete uma estratégia renovada para enfrentar os desafios de comunicação do governo.

Dentre os órgãos federais com contratos já estabelecidos ou em processo de licitação, os Correios planejam o maior gasto individual, com um contrato de R$ 380 milhões, focado em reposicionar sua marca no competitivo mercado de logística. No setor bancário, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estão entre os maiores investidores em publicidade, com previsões de gastos de R$ 750 milhões e R$ 468,1 milhões, respectivamente.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social e o Ministério da Educação também se destacam nos planos de investimento publicitário. O primeiro projeta despesas de até R$ 120 milhões, enquanto o segundo visa aumentar seus gastos de R$ 27,4 milhões para R$ 140 milhões, refletindo a expansão de políticas educacionais.

A Caixa defende que os investimentos em publicidade são essenciais para manter sua competitividade, assegurando que todos os gastos estão dentro dos limites legais e orçamentários.

Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

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