Nova fase de operação da PF contra fraudes no Auxílio-Reclusão é deflagrada no Amazonas

31/07/2025 as 12:12 pm

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (31), duas operações simultâneas nos municípios de Manaus e Manacapuru, no Amazonas, para combater fraudes milionárias no sistema previdenciário, por meio da obtenção irregular do Auxílio-Reclusão. A ação tem como objetivo desarticular associações criminosas responsáveis por utilizar documentos falsos para burlar as regras do benefício.

As investigações são desdobramentos da primeira fase da Operação Falsi Captivi, realizada em novembro de 2024, que identificou um esquema operado a partir de um escritório de atendimento previdenciário em Manaus, utilizado como fachada para atividades ilícitas. Nesta nova etapa, a PF apura a atuação de um grupo que criava registros fictícios de prisão em nome de pessoas que jamais estiveram detidas. Em outros casos, os investigados adulteravam certidões para prolongar indevidamente o período de encarceramento e, assim, aumentar os valores recebidos.

Paralelamente, foi deflagrada a Operação Prison Fake, que investiga uma organização criminosa com atuação predominante em Manacapuru. O grupo falsificava documentos para requerer o Auxílio-Reclusão em nome de terceiros. Alguns sabiam da fraude, enquanto outros eram utilizados sem o devido consentimento.

Embora atuassem de forma independente, as duas quadrilhas apresentavam indícios de comunicação entre si. Por esse motivo, as ações policiais foram coordenadas de maneira integrada, com o intuito de evitar a destruição de provas e novas tentativas de fuga, como já registrado em fases anteriores da investigação.

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão e executou medidas cautelares diversas da prisão, todas autorizadas pela Justiça Federal do Amazonas. As apurações seguem em andamento e incluem a análise de possíveis prejuízos aos cofres públicos, além da suspeita de envolvimento de servidores no esquema fraudulento.

Os investigados poderão responder por estelionato previdenciário, falsificação de documentos públicos, uso de documento falso e associação criminosa.

Foto: Divulgação/PF

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