Operação no Rio: 78 mortos tinham antecedentes e 42 eram procurados pela Justiça

31/10/2025 as 5:13 pm

O Governo do Estado do Rio de Janeiro confirmou nesta sexta-feira (31) que, dos 99 criminosos mortos na operação realizada na última terça-feira (28), nos complexos da Penha e do Alemão, zona norte da capital fluminense, 78 possuíam antecedentes criminais e 42 estavam com mandados de prisão em aberto. A ação teve como objetivo enfraquecer a estrutura do Comando Vermelho e conter a expansão da facção em outros estados do país.

Considerada uma das maiores ofensivas já realizadas contra o crime organizado no Rio, a operação mirou lideranças com atuação interestadual. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, entre os mortos estão chefes do tráfico em estados como Pará, Amazonas, Bahia, Goiás e Espírito Santo.

Foram identificados entre os alvos PP, apontado como líder no Pará; Chico Rato e Gringo, ligados ao tráfico em Manaus (AM); Mazola, chefe em Feira de Santana (BA); DG e FB, com influência na Bahia; Fernando Henrique dos Santos, atuante em Goiás; Rodinha, em Goiânia (GO); e Russo, considerado o principal nome do Comando Vermelho em Vitória (ES).

De acordo com o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, os complexos da Penha e do Alemão funcionavam como base estratégica para a coordenação das ações da facção em diversos estados. “Dessas comunidades partem todas as ordens e diretrizes para os estados onde o Comando Vermelho tem atuação”, afirmou.

A operação foi resultado de investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar. A missão era cumprir 100 mandados de prisão e impedir o avanço territorial da facção, que, nos últimos anos, expandiu sua presença fora do Rio de Janeiro.

As autoridades classificaram a ofensiva como um duro golpe contra a cúpula do Comando Vermelho, com impacto direto na logística e na articulação nacional da organização criminosa.

Foto: Eusébio Gomes/TV Brasil

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