Justiça Federal suspende processo seletivo de residência médica no Amazonas após denúncias

08/12/2025 as 3:26 pm

O processo seletivo unificado para residência médica da Comissão Estadual de Residência Médica do Amazonas (CERMAM), referente ao ano de 2026, foi parcialmente suspenso no último sábado (7) por decisão da Justiça Federal. A medida, tomada pelo juiz plantonista da 3ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Amazonas (SJAM), atende a uma ação de Tutela Cautelar Antecedente (nº 1058159-77.2025.4.01.3200) e determina a interrupção imediata do Edital nº 01/2025/2026, que contempla os programas de acesso direto.

A suspensão ocorre após denúncias de supostas irregularidades na aplicação da prova objetiva, realizada no dia 30 de novembro, em Manaus. De acordo com a decisão, todas as etapas futuras dos programas de acesso direto devem ser paralisadas “até ulterior deliberação judicial”. Já os programas com pré-requisito seguem com a avaliação curricular, conforme o cronograma previsto.

No dia 3 de dezembro, a comissão organizadora divulgou nota rebatendo as acusações veiculadas nas redes sociais. Na ocasião, classificou as denúncias como “levianas e caluniosas” e garantiu que todos os malotes de provas foram entregues lacrados nos locais de aplicação, na Faculdade Fametro.

Segundo a organização, o problema teria sido causado por falhas nos envelopes plásticos selados com cola adesiva que, por conta do calor, acabaram grudando no interior dos malotes. Durante o processo de separação, a vedação de alguns deles se rompeu parcialmente. A comissão afirma que a distribuição das provas foi acompanhada por coordenadores e supervisores, com os envelopes sendo entregues diretamente aos fiscais de sala.

O presidente do processo seletivo teria visitado pessoalmente algumas salas para acompanhar a entrega, rubricar os envelopes na presença dos candidatos e reafirmar a lisura do certame. Imagens captadas pelas câmeras de segurança dos corredores da instituição, segundo a comissão, foram analisadas e comprovariam a regularidade do procedimento.

Apesar da defesa da comissão, a Justiça optou por suspender parte do processo seletivo até nova análise do caso. Ainda não há prazo definido para uma decisão definitiva sobre a continuidade das etapas suspensas.

Foto: Unsplash

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