Petrobras busca nova avaliação para exploração de petróleo na Foz do Amazonas

27/05/2023 as 9:00 am

A Petrobras apresentou um pedido de reavaliação da licença ambiental para a exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na última quinta-feira (25). A estatal está buscando que o órgão ambiental reconsidere sua decisão de negar a licença.

A empresa petrolífera necessita da autorização ambiental do Ibama para iniciar a perfuração do poço exploratório do bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas, a 175 quilômetros da costa do Amapá.

A fase de exploração é uma etapa em que a empresa avalia o potencial comercial do bloco, verificando a existência da jazida e o perfil dos recursos de óleo e gás presentes. Somente após essa avaliação, a empresa decidirá se dará início à produção de petróleo naquela área.

No pedido de licença ambiental, a Petrobras se compromete a garantir a presença de 12 embarcações, sendo que duas delas ficarão prontas ao lado da sonda para o imediato recolhimento de óleo em caso de vazamento eventual.

A empresa também se compromete a manter cinco aeronaves para monitoramento, transporte e resgate, além de contar com 100 profissionais especializados na proteção de animais. A estrutura nacional para proteção da costa, a articulação com países da região, os sistemas avançados de contenção de óleo, o sistema de bloqueio de vazamentos de poços (Capping), a estrutura dedicada de coordenação e resposta a emergências e o tratamento de animais em caso de vazamento são outros compromissos da empresa.

Em caso de desastres envolvendo a fauna, o atendimento será realizado por duas bases: uma já existente em Belém e outra que será ampliada no Oiapoque (AP).

“A atividade é temporária, de baixo risco, com duração aproximada de cinco meses. Somente após a perfuração desse poço, será possível confirmar o potencial do bloco, a existência e o perfil de uma possível jazida de petróleo”, informou a Petrobras em comunicado.

De acordo com a empresa, a efetiva produção de petróleo e gás na região dependerá de um novo procedimento de licenciamento ambiental, com estudos e projetos ambientais mais detalhados.

“A estrutura de resposta a emergências apresentada pela Petrobras nesse projeto é a maior dimensionada pela empresa no país, sendo inclusive maior do que as existentes nas bacias de Campos e Santos”, afirmou o comunicado da empresa.

Jean Paul Prates, presidente da companhia, destacou que “o processo foi conduzido com a máxima diligência pelas equipes de sustentabilidade e meio ambiente da Petrobras, que trabalham desde quando assumiram a concessão da ANP [Agência Nacional de Petróleo] para executar todas as etapas do programa exploratório da concessão federal do bloco FZA-M-59”.

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