Piso salarial dos professores da rede estadual no Amazonas terá aumento de 8%

01/06/2023 as 4:11 pm

Após uma greve que durou 16 dias, o governador Wilson Lima anunciou um reajuste de 8% para os profissionais da educação da rede estadual do Amazonas. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (1º) e o piso salarial pago aos professores chegará a R$ 5.129,16.

Durante a coletiva de imprensa realizada na sede do Governo do Amazonas, o governador também informou que haverá um aumento de 18,42% no auxílio-transporte dos servidores da educação, elevando o valor de R$ 167,20 para R$ 198.

O reajuste salarial, retroativo a março, será pago no final de junho. O impacto na folha de pagamento com o reajuste da data-base será de aproximadamente R$ 2,128 bilhões por ano. Os servidores receberão retroativos de R$ 1.519,76 em junho.

Além do reajuste salarial, o governo anunciou que serão enviados dois Projetos de Lei (PLs) para a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) visando à concessão de Regime Complementar para secretários escolares e coordenadores distritais. Também serão concedidas 2.225 progressões verticais para professores e pedagogos da rede estadual de ensino.

Com o reajuste da data-base, o piso salarial para professores da rede estadual, que possuem jornada de 40 horas, será de R$ 5.129,16. Esse valor representa um aumento de 16,03% em relação ao piso nacional, tornando a remuneração da rede estadual a 9ª maior entre os estados e o Distrito Federal.

Para os professores em início de carreira, o reajuste elevará a remuneração, incluindo os auxílios, para R$ 5.827,16. Atualmente, esses profissionais recebem R$ 5.416,42 somados salário e auxílios alimentação e transporte.

A greve dos profissionais da rede estadual de educação, que já completa 16 dias, continua mesmo após o anúncio do reajuste. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado (Sinteam) analisará a nova proposta do governo, que aumentou a oferta de reajuste para 15,19%.

Diante da greve, o governador anunciou a contratação imediata de professores selecionados por meio de Processo Seletivo Simplificado (PSS), que estão em cadastro de reserva da Secretaria de Estado da Educação e Desporto Escolar (Seduc-AM). Esses profissionais atuarão nas escolas que estão sem aulas. Além disso, um novo PSS emergencial será lançado para contratação de mais profissionais.

Cerca de 70% das escolas do estado estão sem aulas devido à paralisação. O governo estadual ressalta que a greve é considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e afirma que cerca de 60% dos profissionais seguem em sala de aula, não aderindo à paralisação.

A categoria aguarda o desfecho das negociações e permanece em greve até que suas reivindicações sejam atendidas.

Foto: Secom

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