Alerta de saúde: Síndrome Mão-Pé-Boca no Amazonas provoca preocupações

22/08/2023 as 7:54 am

A Síndrome Mão-Pé-Boca, uma doença viral que frequentemente afeta crianças, está chamando a atenção dos pais e responsáveis em todo o país. Com o objetivo de esclarecer e prevenir a disseminação dessa condição, a dermatologista renomada Raisa Feitoza, integrante da equipe médica da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), compartilha informações vitais sobre essa doença e oferece orientações importantes para os cuidados necessários.

O agente causal da Síndrome Mão-Pé-Boca é o vírus Coxsackie, que se manifesta através de uma série de sintomas característicos. A Dra. Raisa Feitoza, também reconhecida como representante da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), identifica os sinais reveladores dessa condição.

“O quadro da doença tipicamente começa com uma febre elevada variando entre 38 e 39 graus Celsius. Logo após, surgem lesões que se assemelham a vesículas na região bucal, garganta e outras áreas. Com o tempo, essas lesões evoluem para pequenas ulcerações semelhantes a aftas. Também é possível observar bolhas ou crostas nas proximidades da boca, palmas das mãos, plantas dos pés e, em alguns casos, nas regiões das nádegas e genitais”, explicou a especialista.

Transmitida por meio do contato direto com secreções contaminadas, como saliva, muco nasal ou fezes, a Síndrome Mão-Pé-Boca é altamente contagiosa. A Dra. Feitoza enfatiza que a contaminação também pode ocorrer através do contato com objetos previamente infectados, como brinquedos, maçanetas e utensílios.

“É crucial compreender que a doença pode ser transmitida mesmo antes dos sintomas se manifestarem. Além disso, pessoas infectadas podem continuar a disseminar o vírus por várias semanas após a recuperação completa”, alerta a especialista.

No que diz respeito ao tratamento, a abordagem é principalmente sintomática, centrada em repouso, hidratação adequada e o uso de medicamentos para aliviar os desconfortos. Vale a pena destacar que não existe uma cura para o vírus, apenas intervenções para mitigar os sintomas. A Dra. Raisa Feitoza também compartilha insights valiosos sobre como enfrentar a doença.

“Não dispomos de um medicamento que elimine o vírus em si. No entanto, existem medicamentos que podem aliviar os sintomas, como febre e dor nas lesões bucais. Uma alimentação preferencialmente líquida ou pastosa é recomendada, enquanto alimentos salgados ou ácidos devem ser evitados, já que podem agravar o desconforto. Importante ressaltar que não há um tratamento específico para a doença em si, apenas para os sintomas”, acrescenta a Dra. Raisa Feitoza.

Embora o acompanhamento e tratamento sintomático possam ser conduzidos em Unidades Básicas de Saúde (UBS), muitos indivíduos tendem a buscar atendimento em prontos-socorros ou clínicas de atendimento pediátrico devido à febre alta. No entanto, a maioria dos casos pode ser manejada nesses locais com orientação médica adequada e medicamentos direcionados para os sintomas.

Foto: Divulgação/SES-AM

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